O SIAME (Serviço Informativo da Arquidiocese do México) publicou um artigo no qual apresenta seis conselhos para ensinar os filhos a ser agradecidos.

No texto de Dulce Maria Fernández, recorda-se que “o mundo de hoje necessita reaprender o valor da gratuidade. Estamos submersos em uma sociedade que somente procura ações que levam ao êxito”.

A seguir seis conselhos para educar na gratidão:

1. Demonstrar com nosso agradecimento na oração que Deus nos ama, que nos ama com um amor infinito, além de nossos méritos: por isso nos dá de presente um sol que nasce todos os dias, uma lua que ilumina nossas noites, estrelas que enfeitam o céu, uma paisagem que muda a cada estação do ano, um rio, uma praia, um mar; assim como o frio, o calor, a chuva, o vento ou a neve.

Dá-nos tudo isso de presente para que nos surpreendamos e encontremos variedade na natureza e nas pessoas.

2. Ensinar-lhes a agradecer agradecendo: evitar acostumar-se com tudo o que acontece no dia a dia. Que eles vejam que agradecemos quando nos deixam passar, quando nos servem os alimentos, quando nos atendem em um hospital ou quando o professor nos ensina.

3. Dar exemplos na vida diária: na nossa “casinha sagrada”, de tudo o que uns fazem pelos outros, cumprindo com as nossas obrigações, agradecendo embora não haja visitas. Aprende-se a agradecer agradecendo.

4. Estar o mais próximo possível do esposo, da esposa e dos filhos, especialmente quando passamos por momentos de sofrimento: é quando devemos viver a ternura e o “carinhoterapia”, o qual recomenda o Papa Francisco, aproveitando o momento para lembrar em família que Jesus nos ama, que está sempre ao nosso lado, aconteça o que acontecer, e que devemos agradecer inclusive os momentos difíceis, porque podem nos levar a reconhecer Deus e sua misericórdia em nossa vida familiar. Como dizia São Paulo: “Tudo é para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8, 28).

5. Reconhecer em família que os dons ou talentos que recebemos de Deus foram gratuitos: a união, a alegria, a inteligência, o senso de humor, a ternura, a conversa agradável, a amabilidade, o carisma pessoal, entre outros muitos dons.

Não podemos exigir dos outros algo em troca disso. Quanto custa abraçar ou sorrir? Qual é o preço da escuta durante meia hora? O que nos custa visitar um idoso ou um doente? Qual é o preço que colocamos aos minutos que Deus nos deu gratuitamente?

6. Não devemos nos sentir privilegiados porque temos “algo” que outros não têm: “O que tens que não tenha recebido? E se o recebeste, do que te glorifica?” (I Cor 3,7). E, de tudo o que recebemos grátis, a maior coisa é o amor de Deus, que Cristo mereceu por nós.

Agora, Cristo nos pede que demos a outros igualmente gratuitamente, e podemos fazer em família de uma forma concreta: ide e proclamem que o Reino dos céus está perto.

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