A associação Médicos Cristãos de Catalunha manifestou seu "desgosto" pela aprovação no Governo da nova Lei espanhola de reprodução assistida porque anima a substituição dos pais e permite a criação de "paraísos fiscais embrionários".

Em uma nota de imprensa, a associação lembrou que "o médico pode e deve ajudar os casais estéreis. Entretanto, o que não pode fazer nunca o médico é substitui-los, já que a geração de uma nova vida humana é competência exclusiva dos casais. Assim, a lei, mais que ser de assistência à procriação, é de reprodução artificial".

Do mesmo modo, advertiu que a lei não apresenta dotação orçamentária para a ajuda à procriação natural, a cirurgia genética, a engenharia genética bacteriana, a cirurgia embrio-fetal, a pesquisa com nanopartículas ou com nanorobôs, a pesquisa com mamíferos, a pesquisa com células-tronco adultas, o congelamento de cordões umbilicais de recém-nascidos, o intercâmbio de experiências com aqueles grupos de pesquisa que respeitam a vida humana desde seus inícios, nem para que a polícia científica investigue as fraudes nestes experimentos.

Entretanto, sim consagra o congelamento e destruição de embriões humanos, a existência de "paraísos fiscais embrionários" pelas facilidades que dá à fraude de lei; e permite "de fato, a clonagem reprodutiva: esta pode ser terapêutica para algumas pessoas, rompendo assim a diferenciação entre ambos tipos de clonagem".