A igreja de São Sebastião e a casa paroquial em Vilcún na região da Araucanía, no sul do Chile, ficaram completamente queimadas depois do ataque de um grupo desconhecido nesta madrugada.

Os desconhecidos chegaram por volta de 1h e amedrontaram o guarda do lugar com disparos. Em seguida, incendiaram o templo e fugiram.

 

O incêndio foi apagado por várias companhias de bombeiros. Enquanto isso, a polícia ativou um plano de busca a fim de localizar os responsáveis pelo incêndio, tendo como pista um lenço com ordens referentes ao conflito mapuche.

“Ver o templo destruído e derrubado é muito doloroso. Atentam contra o mais precioso que os cristãos têm, um lugar onde muita gente vem para encontrar-se com Deus. Este é um dano enorme para a nossa vida como crentes, católicos, como Capuchinhos”, disse o Ministro Provincial dos Capuchinhos no Chile, Irmão Héctor Campos.

“Esperamos olhar para frente e planejar como levantaremos este espaço, porque moramos perto e somos comprometidos e participamos da igreja; o acontecimento deste ataque não tem explicação. Animo todos os que sentimos esta dor para que possamos continuar procurando a melhor maneira de seguir em frente com nossa fé”, expressou.

Acerca das celebrações do próximo 20 de março, que comemorarão a festa de São Sebastião, o capuchinho disse a celebração será sobretudo para “pedir a Deus o dom da paz, da serenidade e da harmonia, valores que hoje estão sendo transtornados e que geram este tipo de violência”.

Conflito na Araucanía

As comunidades mapuches que habitam no sul do Chile realizaram uma forte campanha pela recuperação do que consideram suas terras ancestrais e o reconhecimento dos seus direitos, entre outros.

Consideram que o Estado não deu importância a estas denúncias ao permitir projetos hidrelétricos e florestais, o que provocou diversos tipos de violência nas regiões Biobío, Araucanía e Los Rios.

Entre os atos violentos estão: a ocupação do Seminário Maior São Fidel, na diocese de Villarrica pela comunidade mapuche Trapilhue, desde junho de 2014 e que no último dia 2 de março foram retidos à força deste local.

A este acontecimento se somam ataques contra agricultores, áreas de preservação florestal, motoristas de caminhões entre outros em 2015.

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