O Bispo de Colinas de Zamora, Dom. Agustin Radrizzani, refletiu sobre a realidade do trabalho na Argentina e recordou que a paz é um dos frutos da justiça social.

Dom. Radrizzani avaliou que seu país está crescendo economicamente e tem reduzido a taxa de desemprego, entretanto, assinalou que ainda dista de satisfazer as necessidades daqueles que dignamente ganham a vida".

Reclamou o esforço de toda a sociedade para "reverter esta situação: desde aqueles a quem toca pensar leis que protegendo ao empregador não descuidem ao empregado, até aqueles que têm a graça de poder exercer um trabalho digno e honesto e que devem ser responsáveis e dedicados. Se o buraco entre os que têm maiores ganhos e os lares mais pobres aumentar será difícil construir a paz".

O Prelado insistiu que "trabalhar pela paz é trabalhar pelo respeito dos direitos humanos e, entre eles, o direito a ganhar o pão dignamente com o suor do rosto. ‘Uma sociedade em que este direito é sistematicamente negado e as medidas econômicas não permitam aos trabalhadores alcançar níveis satisfatórios de ocupação, não pode conseguir sua legitimidade de ocupação ética nem a justa paz social’".

Dom. Radrizzani indicou que uma "cultura do trabalho" requer alguns requisitos mínimos: "O trabalho tem que ser sempre participação do poder criador de Deus. Um trabalho que destrua a vida, ou que a polua de qualquer modo sem que ajude a embelezar o mundo, passa de ser um verdadeiro trabalho humano a uma maldição pronunciada pela boca dos orgulhosos. O trabalho é bênção divina, é para cuidar da terra assim que continuação da obra criadora de Deus. Trabalhar –explicou– não é sinal de maldição. Não pode ser de outro modo, já que o homem, com seu trabalho, procura o bem de sua própria família e de toda a sociedade, não só a presente, mas também também a futura".

O Bispo pediu em seguida a Deus que derrame a graça para erradicar as situações de miséria e que "todo homem de boa vontade possa ganhar dignamente o pão para melhor alimentar a seus filhos". Finalizou pedindo a São José sua proteção e intercessão por todos os trabalhadores na Argentina.