O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, indicou que serão nomeados pelo Papa Francisco mais de mil Missionários da Misericórdia. Na Quarta-feira de Cinza lhes será dado o mandato de “perdoar também os pecados que estão reservados à Sé Apostólica”.

Foi o que indicou durante uma coletiva de imprensa na qual também anunciou o programa que seguirão as relíquias de São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo Mandic entre os dias 3 e 11 de fevereiro.

Dom Fisichella recordou que a Bula Misericordiae Vultus explica que estes missionários serão um “sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, a fim de que entre em profundidade na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé. Serão sacerdotes aos quais darei a autoridade de perdoar também os pecados que estão reservados à Sé Apostólica, de modo que se torne evidente a amplitude de seu mandato”.

“Serão, sobretudo – indicou –, sinais vivos de um Deus-Pai empenhado em acolher no seu regaço todos quantos procuram o perdão. Eles serão missionários da misericórdia porque estarão no meio das pessoas como facilitadores do verdadeiro encontro humano, fontes de libertação, ricos em responsabilidade para ultrapassar obstáculos e levar de novo às pessoas a vida nova do Batismo. Tendo presente durante a sua missão as palavras do Apóstolo: 'Deus submeteu todos à desobediência, para ter misericórdia com todos’”.

Segundo informou a Santa Sé, a autoridade vaticana explicou que “desta forma, os Missionários da Misericórdia são apenas alguns sacerdotes que recebem esta missão do Papa para ser, em suas próprias igrejas, testemunhas privilegiadas do caráter extraordinário do evento jubilar. O Santo Padre é o único que pode nomear os Missionários, não os bispos, e lhes confia o mandato de anunciar a beleza da misericórdia de Deus e de ser confessores humildes e pacientes, capazes de perdoar a quantos se aproximem da Confissão. Serão mais de mil missionários provenientes de todos os continentes”.

Destes, disse que “se farão presentes em Roma 700 Missionários. O Papa Francisco os encontrará no dia 9 de fevereiro para lhes expressar o que guarda em seu coração com relação a esta iniciativa que é, sem dúvida, uma das iniciativas mais sugestivas e significativas do Jubileu da Misericórdia”.

“No dia seguinte, somente os Missionários da Misericórdia concelebrarão com o Santo Padre e em tal ocasião receberão, como sabemos, o ‘mandato’ junto com a faculdade de absolver também os pecados reservados à Santa Sé”.

Em seguida, Dom Fisichella destacou que há Missionários “de países afastados como: Birmânia, Líbano, China, Coreia do Sul, Tanzânia, Emirados Árabes, Israel, Burundi, Vietnã, Zimbawe, Letônia, Timor Leste, Indonésia, Tailândia, Egito. E também alguns sacerdotes de rito oriental”.

“Uma curiosidade pode ajudar a compreender quanto interesse pastoral suscitou esta iniciativa no mundo. O Padre Richard, na Austrália, visitará 27 comunidades de sua diocese rural do Maitland-Newcastle, onde somente existe uma igreja, mas nenhum sacerdote residente. Irá de uma comunidade a outra como ‘Missionary of mercy on wheels’, Missionário da misericórdia sobre rodas! Enfim, este é um sinal de quanto o Jubileu deseja chegar a todos para que cada um possa experimentar a proximidade e a ternura de Deus”, afirmou.

A autoridade vaticana disse ainda: “Constatamos uma grande disponibilidade, mas devemos pôr um limite às numerosas solicitudes recebidas a fim de que seja mantido o valor deste sinal peculiar que expressa o sentido extraordinário do evento”.

“Todos os Missionários receberam a permissão de seus respectivos bispos ou Superiores religiosos e estarão agora a disposição de quantos queiram solicitar sua presença ao longo de todo o período jubilar e sobretudo durante a Quaresma”, assinalou.

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