O Papa Francisco visitará a cidade de Chiapas em 15 de fevereiro, no marco de sua viagem ao México. Neste sentido, a Diocese local adiantou detalhes do que será esta jornada, como a Missa com cerca de 90.000 pessoas e o almoço que terá com os dois bispos locais e oito indígenas, escolhidos por suas próprias comunidades.

Em uma nota de imprensa publicada no site papafranciscoenmexico.org, informou-se que no país vivem 62 povos indígenas, formados por mais de 11 milhões de pessoas. Em Chiapas, 75 por cento da população é indígena – um milhão e meio de pessoas –, das etnias tseltal, tsotsil, ch’ol, tojolabal e zoque. Além disso, somam-se indígenas que migraram da Guatemala, como a etnias mam, quicke, kanjobal, quekchi, entre outras.

Nesse sentido, destacaram que o Santo Padre chegará para estar “com toda a comunidade eclesiástica, indígenas e mestiços”, para construir pontes e “nos ajudar a derrubar muros que separam, a animar a integração humana e cristã”.

Sobre as atividades do Pontífice, informaram que, logo depois da Missa nos Serviços Esportivos Municipais (SEDEM) de São Cristóbal de Las Casas, o Papa almoçará acompanhado pelos dois bispos locais e por oito indígenas “selecionados depois de uma consulta à comunidade diocesana”.

Eles são o Pe. Sebastian Lopez, sacerdote tsotsil, originário de El Bosque e pároco do Chalchihuitan; a Ir. Aida Perez Jimenez, religiosa tseltal, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo e agente de pastoral na paróquia do Altamirano; Teofilo Perez Ruiz, seminarista tsotsil, originário de São Andres Larrainzar, eleito por seus companheiros de Teologia; Vitória Ruiz Gonzalez, jovem tsotsil, escolhida pela coordenação diocesana de pastoral juvenil; Carlos Aguilar, catequista tseltal, representante da organização Povo Crente; Dominga Santiz, catequista tseltal, da Coordenação Diocesana de Mulheres (CODIMUJ); Miguel Montejo Diaz, diácono permanente ch’ol; e sua esposa Maria Trujillo Sanchez, também da etnia ch’ol.

Do mesmo modo, indicou-se que a casula e a mitra que Francisco usará na Missa foram elaboradas por um grupo de indígenas. Enquanto o báculo foi feito pelo Pe. Javier Ruiz, pároco de Soyatitan, perto do Pujiltic, “não diretamente para o Papa, mas sim para o bispo diocesano, mas que foi aprovado por Roma para o Papa o use”.

Além disso, as leituras da Missa serão proclamadas em ch’ol, tsotsil e tzeltal; haverá cantos em castelhano, tseltal, tsotsil e mixe da Oaxaca.

Da mesma forma, as oferendas do pão e o vinho serão entregues por famílias tojolabales e zoques. “Uma família mestiça lhe entregará o que se coletou para construir dois albergues para migrantes, em Frontera Comalapa e em Salto de Agua”.

“Pedimos a Deus e a sua Mãe Santíssima que esta visita do Papa sensibilize todos sobre nossa solidariedade com a difícil realidade em que vivem estas comunidades”, finaliza o texto.

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