O Papa Francisco visitará a Colômbia no primeiro ou segundo trimestre de 2017. É o que afirmou, ontem em Roma, o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga.

O prelado, junto ao Arcebispo de Bogotá, Cardeal Rubén Salazar Gómez; o Arcebispo de Villavicencio e Vice-presidente da CEC, Dom Óscar Urbina Ortega, e o Bispo de Calama e Auxiliar de Cali e Secretário Geral da CEC, foram recebidos em audiência privada pelo Pontífice no Vaticano.

Logo depois da reunião, Dom. Luis Augusto Castro falou com os meios de comunicação e confirmou a intenção do Santo Padre de visitar o país, embora ainda não tenha dado uma data exata.

“As conclusões da reunião são seguras: o Papa irá à Colômbia muito provavelmente no primeiro ou segundo trimestre de 2017, já que este ano já está muito cheio, sobretudo pelos eventos do Jubileu Extraordinário da Misericórdia”.

O Presidente dos bispos colombianos assegurou: “Também nos convém que o processo de paz com as FARC esteja avançado (sua assinatura está prevista para o dia 23 de março) e que este seja o ponto final”.

Sobre a provável data da visita, Dom Castro assinalou que esta ainda não é clara, “mas estão estudando”. Os prelados colombianos entregaram uma proposta ao Papa para determinar em seu momento qual será o itinerário definitivo do Pontífice no país.

Dom Luis Augusto Castro Quiroga assinalou: “Acredito que poderemos conquistar uns 3, 4 ou 5 dias para que fiquem nessa agenda para uma boa visita do Papa a diferentes regiões do país”, acrescentou o presidente da CEC, que também comentou que na proposta apresentada ao Papa se pretende que “possa encontrar-se com o maior número de colombianos possível que o queiram escutar e estar com ele”.

O prelado adiantou que uma das cidades que provavelmente visite será a de Quibdó, na região de Chocó, onde se encontraria com as minorias étnicas, os afro-americanos. “É um ponto creio que fixo, e os demais estão por estudar, mas vamos buscar que possa estar presente nas grandes cidades e acessível a muitíssima gente”.

Em seguida, Dom Quiroga contou que o Pontífice fez referência a que também lhe estão esperando em outros países do mundo, como no Brasil e na Argentina. “Acredito que até mesmo no Chile e outros países já fizeram suas propostas, mas a Colômbia tem prioridade porque foi proposta pelo próprio Papa”, revelou.

Pelo momento, a Secretaria de Estado do Vaticano estudará a proposta do itinerário, para depois dar uma resposta, e mais adiante dar a data definitiva da viagem apostólica do Papa.

O bispo acrescentou que “é tremendamente complicado preparar uma viagem do Papa e se necessita saber com muito tempo antes o que vai se fazer e como se vai fazer”.

O Presidente da CEC também sublinhou que o Papa Francisco “está muito interessado no processo de paz com as FARC e não vai condicionar sua visita ao processo de paz, porque ele vai estar com os colombianos com ou sem processo de paz, mas será mais bonito que quando venha possamos apresentar um processo de paz terminado, como deveria ser.”.

“Todas as vezes que o Santo Padre se pronunciou acerca da paz o fez por meio de umas orientações maravilhosas e com certeza que para esta ocasião também nos diria coisas mais importantes”, assinalou.

A respeito da assinatura do processo de paz, explicou que deve ser muito bem feita, para que “depois não haja nenhum problema que o danifique”.

O Pontífice “está bem informado de como vão as coisas, embora também falamos deste tema”, acrescentou.

“O Papa Francisco nos disse que devemos tomar cuidado porque ‘não há justiça sem esperança e por isso sou tão contra à pena de morte, porque é uma justiça onde não damos esperança a ninguém, ou uma prisão perpétua’; deve haver um processo através do qual dê esperança a todos, às vítimas e ao país inteiro”.

“Eu quero falar com o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e lhe contar isto pois com certeza vai ficar muito alegre com esta visita do Papa”, disse também.

Depois da audiência privada com o Pontífice, os bispos colombianos se reuniram com o Secretário de Estado Vaticano, Cardial Pietro Parolin.

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