Uma pesquisa do instituto Gallup publicada no jornal ABC de Madri, revelou que a aprovação na Câmara de Deputados da Espanha dos "casamentos" entre pessoas do mesmo sexo situa o país ibérico, junto com a Holanda e Bélgica, entre os estados europeus mais identificados com os homossexuais.

Segundo a pesquisa, 42 por cento dos cidadãos da União Européia concorda em autorizar a adoção de filhos por casais homossexuais, cifra inferior aos 55 por cento que declara sua oposição. Em alguns novos membros da União Européia esta oposição chega a 76 por cento.

As legislações dos diversos países europeus, à exceção da Holanda e Suécia, –onde os homossexuais têm há anos permissão para adotar menores– lentamente se inclinaram para a equiparação de direitos entre os casais heterossexuais e homossexuais.

Na Alemanha, por exemplo, os casais heterossexuais que desejam adotar filhos devem submeter-se a um exaustivo exame no qual devem prestar conta, não só de sua capacidade financeira, mas também de sua "saúde" ética e moral. Até o momento a legislação germana não permite a adoção aos casais homossexuais.

Na França a situação é semelhante, pois a lei nega a adoção aos casais do mesmo sexo, embora os solteiros sim têm reconhecido por lei o direito a adotar filhos.

Na Inglaterra e Itália, por não haver um registro de casais de fato homossexuais, não têm reconhecido nenhum direito relacionado à adoção.

A Holanda, no ano 2000, foi o primeiro país da União Européia a aprovar os "casamentos" entre pessoas do mesmo sexo. Depois o fez a Bélgica com a condição de que ao menos um dos membros do casal homossexual seja belga ou resida no país.

A Dinamarca desde 1985 reconhece as denominadas "uniões registradas", uma espécie de contrato civil que o casal homossexual assina nas prefeituras. A Suécia e Holanda são os únicos países da União Européia que autorizam os casais homossexuais a adotarem filhos.