O Bispo da Argentina, Dom. Antonio Juan Baseotto, explicou que, efetivamente, continua no cargo que lhe conferiu a Santa Sé, apesar de que o Presidente Kirchner e vários de seus ministros afirmem o contrário.

"Naturalmente, claro que sim", respondeu o Prelado à imprensa no aeroporto de Ezeiza antes de viajar à Europa.

Por sua vez, o Ministro de Defesa, José Pampuro, disse que a resolução do conflito está encaminhada "e bem" no âmbito da secretaria de Culto. "Não tenho mais nada que opinar", indicou.

O Bispo Militar manifestou que não foi chamado ao Vaticano e quer esclarecer rapidamente o assunto. Mencionou também que recebeu uma carta de apoio do Cardeal Joseph Ratzinger antes de que fosse eleito Papa.

Ao lhe perguntarem se iria retratar-se sobre o que disse do Ministro de Saúde, Ginés González García, Dom. Baseotto afirmou que "não; primeiro, que não disse o que me atribuem; foi uma interpretação equivocada. Citei um texto do Evangelho que diz que é preferível para o que escandalize a um inocente que lhe aconteça isso" (que lhe pendurem uma pedra ao pescoço e o atirem ao mar).

Do mesmo modo, antes de manifestar que deseja cumprir o que "Deus quiser" para ele, assinalou que deseja que as relações entre a Igreja e o governo melhorem e indicou que "faz tempo que não tenho vínculo com o governo. O Vaticano é o único autorizado para mudar o Bispo castrense. A coisa é assim; eu não posso mudá-la".