A terceira audiência do julgamento sobre o chamado Vatileaks aconteceu ontem no Vaticano e, embora não realizasse o que estava previsto, foi elaborada uma lista de testemunhas que serão chamadas para depor no processo, como por exemplo, o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

Estava previsto começar a audiência com o interrogatório ao sacerdote espanhol Lucio Vallejo Balda. Ao invés disso, cada acusado apresentou uma série de exceções e pedidos, o que mudou o desenvolvimento da audiência.

Além do sacerdote, estavam presentes os outros quatro acusados pelo roubo e divulgação de documentos confidenciais – cada um acompanhado por seu respectivo advogado: Francesca Chaouqui, Nicola Maio; e os jornalistas Emilio Fittipaldi e Gianluigi Nuzzi.

Chaouqui solicitou duas exceções: que o Vaticano não tem jurisdição sobre o delito e que por ser “refugiada política” na Itália, onde deveria ser julgada. Os dois pedidos foram rechaçados pelo tribunal.

O sacerdote Vallejo Balda pediu incluir os endereços eletrônicos entre ele e Chaouqui durante o ano 2015 como provas, o que foi aceito. O segundo pedido, o de uma perícia psicológica para provar que não estava em plena capacidade de suas faculdades quando entregou-lhe os documentos, foi rechaçado.

Também foram aprovadas algumas perícias nos computadores e nos telefones dos acusados e que serão chamadas um total de doze pessoas, a fim de que deponham como testemunhas no julgamento.

Entre eles estão, além do Cardeal Parolin, o Cardeal espanhol Santos Abril y Castelló.

A audiência terminou e não foi fixada a data para a próxima.

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