Existem muitas razões pelas quais o Papa Francisco decidiu convocar o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que acontecerá a partir do próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, até o dia 20 de novembro de 2016, Solenidade de Cristo Rei.

Em uma nova entrevista publicada pela revista italiana “Credere”, o Santo Padre deu estas sete chaves:

1– Paulo VI pronunciou com força o tema da misericórdia e João Paulo II sublinhou este tema com a Encíclica “Dives in Misericordia” (sobre a misericórdia divina). Por sua vez, São João Paulo II canonizou Santa Faustina Kowalska, que recebeu a missão de Jesus de promover a devoção à Divina Misericórdia. O Santo polonês instituiu, além disso, a Festa da Divina Misericórdia na Oitava de Páscoa.

2– Francisco afirmou que, desta maneira, retoma “uma tradição relativamente recente, embora sempre existisse. Percebi que eu devia fazer algo a fim de continuar esta tradição”, explicou na entrevista.

3– Em sua primeira oração do Ângelus depois de ter sido escolhido como novo sucessor de Pedro após do Conclave, Francisco falou da misericórdia. “Também durante a minha primeira homilia como Papa, no domingo, 17 de março, na paróquia de Sant’Ana, falei da misericórdia”, assegurou. Portanto, “não foi uma estratégia, surgiu dentro de mim: o Espírito Santo quer algo”.

4– O Papa considerou que “é óbvio que atualmente o mundo precisa de misericórdia, necessita compaixão. Estamos acostumados às más notícias, às notícias cruéis e atrocidades maiores que ofendem o nome e a vida de Deus. O mundo tem necessidade de descobrir que Deus é Pai, que é misericordioso, que a crueldade não é o caminho”.

5– O Santo Padre propõe que o Jubileu seja como uma ajuda às pessoas que estão feridas e destruídas e recorda a imagem “da Igreja como um hospital de campanha depois do combate”.

6– O Ano Jubilar da Misericórdia é o Ano do perdão e da reconciliação: “Senti que Jesus quer abrir a porta do Seu coração, que o Pai quer mostrar suas entranhas de misericórdia e, por isso, nos envia o Espírito: para mover-se e para mover-nos”, revelou o Pontífice.

7– As situações de conflito e violência vivenciadas na atualidade em muitos lugares do mundo, fazem com que seja cometido “um sacrilégio contra a humanidade, porque o homem é sagrado, é a imagem do Deus vivo. Então, o Pai diz: ‘detenham-se e venham a mim’. Isto é o que eu vejo no mundo”, explicou o Papa Francisco.

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