O Sínodo dos Bispos sobre a Família começou sua segunda semana de debates e, embora os padres sinodais expressem sua alegria pela fraternidade, o clima das discussões e a universalidade das participações acerca dos distintos aspectos positivos deste importante tema, ainda existem alguns assuntos pendentes sobre a metodologia.

Em declarações ao Grupo ACI na última segunda-feira, 12, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, explicou que “provavelmente não haverá traduções” do Relatório ou documento final a outros idiomas, devido à falta de tempo” para traduzir os textos do italiano às distintas línguas dos bispos.

Desta forma, os padres sinodais, ou seja, os bispos participantes, teriam que votar a respeito de um documento o qual não entenderiam plenamente.

O sacerdote jesuíta indicou: “Embora nos falte tempo para realizar as traduções, os bispos podem continuar a discussão quando esta não é realizada no idioma que conhecem, com as interpretações simultâneas que lhes proporciona”.

A respeito da votação do Relatório ou documento final, o Pe. Lombardi disse ao Grupo ACI: “Não sabemos como será o procedimento exato para sua aprovação” e para compreender de modo mais claro o processo “acho que devemos esperar até a terceira semana” do Sínodo. Ou seja, até aproximadamente o dia 19, próxima segunda-feira.

“Acho que (a votação) poderia ser feita como no Sínodo de 2014”, quando votaram “parágrafo por parágrafo, embora não saibamos se logo haverá votação para o documento final”.

Na coletiva realizada na Sala de Imprensa do Vaticano, o Pe. Lombardi ainda explicou o processo a seguir para chegar ao documento final e o que será feito com ele depois, algo que ainda não foi definido.

“Os círculos menores (grupos divididos por idiomas) contribuem de seus modos (contribuições específicas) e logo são usados em três etapas (uma a cada semana) a fim de compor o Relatório (documento final) sobre a base do documento de trabalho. No dia 24 de outubro de manhã, o documento será apresentado aos padres com as observações recebidas dos bispos”.

Nesse mesmo dia à tarde, “será submetido ao sufrágio da assembleia e segundo natureza do Sínodo o documento será entregue ao Santo Padre, que decidirá o que será feito com ele”.

“O Papa ainda não nos disse como será. No ano passado, pediu para que publicássemos o documento no sábado à tarde” e imediatamente foi publicado, concluiu.