A rede internacional de hotéis Hilton Worldwide decidiu mudar sua política e eliminará acesso a canais de conteúdo pornográficos de seus hotéis no mundo todo, conforme informaram seus advogados.

O Centro Nacional sobre Exploração Sexual nos Estados Unidos manifestou seu agradecimento à rede de hotéis “por sua decisão de não procurar benefícios através da pornografia”. “Queremos divulgar o agradecimento ao Hotel Hilton por sua decisão de criar um ambiente são e positivo para todos seus clientes”, afirmou Dawn Hawking, diretor executivo da rede Hilton no dia 17 de agosto.

“Hilton tomou uma posição contra a exploração sexual. A pornografia não só contribui para a procura pelo tráfico sexual, o que é uma preocupação séria em hotéis, mas também contribui para a exploração sexual infantil, violência sexual e vícios pornográficos ao longo da vida”, prosseguiu Hawking.

A relação entre a pornografia e a exploração sexual é cada vez mais evidente durante os últimos anos.

Em 2012, o professor Robert P. George de Princeton uniu-se a Shaykh Hamza Yusuf, um importante intelectual muçulmano, para escrever aos diretores das principais redes hoteleiras a fim de pedir-lhes que eliminassem os canais pornográficos dos hotéis, pois mostram um conteúdo “degradante e desumanizante”.

As políticas de pornografia nos hotéis dos Estados Unidos variam muito de acordo com cada rede. A Omni Hotéis e Resorts deixou de vender pornografia em 1998, desde que seu diretor geral considerou inadequado proporcioná-la aos seus clientes.

Marriott está “eliminando gradualmente” a venda de pornografia, enquanto a rede de hotéis Hilton tinha defendido previamente sua venda e continuava proporcionando-a em seus estabelecimentos.

Em 2013, Nordic Hotels – a maior rede escandinava de hotéis – anunciou que estava eliminando os canais de pay-per-view dos seus 171 hotéis.

“A indústria pornográfica contribui ao tráfico de pessoas, por isso é razoável tomar parte da responsabilidade social e enviar uma mensagem clara de que Nordic Hotels não apoia nem permite isto”, disse Petter Storladen, proprietário da rede escandinava.