Segundo informação da Controladoria Geral da República, o número de divórcios no Panamá continua aumentando tendo alcançado durante o ano de 2003, dois mil 732 casos, uma média de sete divórcios a cada 24 horas.

Os dados revelam que em 2003 houve 597 divórcios mais que em 1999, e que paralelamente, o número de matrimônios está diminuindo.calcula-se que diariamente cerca de 28 casais contraem matrimônio no país, chegando a 10 mil 310 matrimônios em 2003 em comparação com os mais de dez mil e 800 de 1999. 

O sociólogo Marco Gandásegui classificou de alarmante o aumento de divórcios no país e explicou que em sua maioria se devem a problemas de índole econômica ou social que afetam a estrutura familiar. 

O Panamá está vivendo uma “situação lamentável ao registrar-se uma ‘epidemia’ de divórcios e um estancamento dos matrimônios”, afirmou Gandásegui e acrescentou que se este mesmo fenômeno se aplicasse entre os casais unidos veríamos que a taxa de separação também é relativamente alta. 

Para o presidente do Comitê Ecumênico do Panamá, Pe Néstor Jaén S.J., o problema se inicia no noivado, quando os casais se “encendeiam” com a beleza e atração, sem estar preparados para enfrentar as realidade que acarretam o matrimônio.

O sacerdote reconheceu que existe uma quebra no núcleo familiar e uma crise de valores, devido a que não existe comunicação entre os casais e falta autoridade na família.

Por outro lado, uma pesquisa de opinião realizada entre 1,395 pessoas revelou que 62,6 por cento dos que responderam uma pergunta sobre fidelidade disse que alguma vez em sua vida havia sido infiel a seu cônjuge. A pesquisa –publicada na terça-feira, 15 de junho–, revelou que apenas 37,2 por cento dos consultados assegurou categoricamente que nunca havia sido infiel.