Enquanto o Conselho do Sínodo da Família se reuniu esta semana com o Papa Francisco preparando o evento de outubro, um grupo de peritos e bispos da Suíça, França e Alemanha se reuniam em outro evento privado a portas fechadas em Roma para tratar diversos temas polêmicos como o apoio às uniões homossexuais e o acesso à comunhão para os divorciados em nova união.

O evento se realizou à margem dos trabalhos do Conselho do Sínodo com o Santo Padre no qual se discutiu o tema do Instrumentum Laboris, o documento de trabalho com as respostas enviadas pelas distintas conferências episcopais às perguntas expostas para o debate de outubro.

A reunião privada de 25 de maio realizou-se na Pontifícia Universidade Gregoriana, mantida pelos jesuítas, embora o evento não tenha sido dirigido por este centro de estudo. Os bispos e teólogos encarregados das exposições falaram ante um reduzido número de 50 pessoas, conforme assinala o jornal francês Le Figaro.

O encontro teve por título “Convenção mútua das Conferências Episcopais da França, Alemanha e Suíça sobre os assuntos do cuidado pastoral sobre o matrimônio e a família às vésperas do Sínodo dos Bispos”.

O evento não foi aberto a todos os bispos destes três países, mas apenas para alguns deles. Muitos nem sequer foram informados de sua realização.

Entre os oradores estiveram Dom Jean Marie Lovey, Bispo de Sion (Suíça), Dom Jean-Luc Brunin, Bispo de Havre (França), a teóloga Eva Maria Faber; Anne-Marie Pelletier, que ganhou o Prêmio Ratzinger de teologia 2014; o Pe. François Xavier Amherdt, professor de teologia pastoral da Universidade de Friburgo (Alemanha); Eberhard Schockenhoff, professor de teologia moral em Friburgo; e o teólogo Alain Thomasset.

As palavras finais foram dadas pelo Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munich e Freising (Alemanha).

Uma participante do evento disse no dia 26 de maio a ACI Prensa que “o tom foi o de abertura pastoral em temas como a comunhão para os divorciados em nova união, e a atenção pastoral aos homossexuais”.

Do mesmo modo, um dos oradores que solicitou permanecer no anonimato, preferiu não comentar o evento mas precisou que “os organizadores nos proibiram totalmente dar entrevistas ou explicações sobre a conferência que tivemos ontem”.

Com informação de Andrea Gagliarducci, analista do Vaticano da agência em inglês do grupo ACI, Catholic News Agency.