O Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, foi recebido este domingo pelo Papa Francisco na Biblioteca do Palácio Apostólico. O mandatário se encontrava em Roma para participar da canonização de duas religiosas palestinas.

Como é habitual, houve intercambio de presentes. Abbas obsequiou umas relíquias e um rosário que foram abençoados pelo Papa, enquanto que o Santo Padre lhe deu de presente um exemplar de sua exortação apostólica Evangelii Gaudium em inglês, e uma medalha.

“É o símbolo do anjo da paz que destrói o espírito maligno da guerra”, disse o Pontífice ao entregar o presente. “Pensei em ti, que és um anjo de paz”, acrescentou.

Abbás foi recebido pelo Pontífice na mesma semana em que a Santa Sé comunicou que reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina após a assinatura do Acordo sobre a atividade da Igreja Católica nessa nação.

Sobre o encontro entre Abbas e o Papa, a Sé Apostólica emitiu um comunicado informando que “durante as conversações, desenvolvidas em uma atmosfera cordial, expressou-se uma grande satisfação pelo consenso alcançado sobre o texto de um acordo global entre as partes relativo a alguns aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja Católica na Palestina e que será assinado em um futuro próximo”.

Na reunião, que durou 20 minutos, o Papa e o mandatário palestino conversaram também sobre o processo de paz com o Israel “com a esperança de que se reatem as negociações diretas entre as partes para encontrar uma solução justa e duradoura ao conflito, reiterando o desejo de que, com o apoio da comunidade internacional, os israelenses e os palestinos tomem com determinação decisões audazes a favor da paz”.

O texto assinala finalmente que também falaram sobre o conflito no Oriente Médio, reafirmando a “importância da luta contra o terrorismo” e ressaltando “a necessidade do diálogo interreligioso”.

Logo a reunião com o Santo Padre, o presidente Palestino se encontrou com o Cardeal Secretário de estado, Pietro Parolin, junto do Arcebispo Paul Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados.

No último 8 junho de 2014, logo depois de sua viagem à Terra Santa, o Papa Francisco organizou um encontro de oração pela paz e conseguiu reunir o então presidente israelense, Shimon Peres, e Mahmoud Abbas.

Em um comunicado feito público no domingo, o mandatário palestino afirmou que “nossa Terra Santa se converteu em um reduto de virtude para todo mundo. Palestina não é uma terra de guerra, mas uma terra de santidade e virtude, como Deus queria que fosse”.

No texto também agradece ao Papa Francisco e à Igreja pela canonização das duas religiosas palestinas elevadas aos altares este domingo em Roma: Maria Alfonsina Danil Ghattas, fundadora da Congregação das Irmãs do Santíssimo Rosário de Jerusalém; e Maria de Jesus Crucificado, religiosa professa da Ordem das Carmelitas Descalças; as primeiras santas de Terra Santa de língua árabe.