O Arcebispo de Toledo, Dom Antonio Cañizares Llovera afirmou que as críticas das que foi objeto o novo Papa Bento XVI na Espanha, provêm do desconhecimento ou da ditadura do relativismo, a que aludiu o Cardeal Joseph Ratzinger em sua última homilia como Decano do Colégio Cardenalício.

Bento XVI é "um homem que não é autoritário, mas que tem uma grande autoridade moral", disse o Prelado e assegurou que "é o homem da fidelidade ao espírito e à letra do Concílio Vaticano II".

Ao comentar alguns traços do novo Pontífice, o Arcebispo destacou que está "entre os melhores teólogos do último século" e que é "um homem com clarividência e com capacidade de penetração até o fundo das questões".

Em relação às críticas das que foi objeto o Papa nas últimas horas, o Prelado recordou que "são as mesmas e dos mesmos que criticaram a Paulo VI e João Paulo II".

Segundo o Primado, estes ataques "muito freqüentemente se fazem desde o desconhecimento da pessoa e desde outros interesses que não são os da fé".

Críticas que provêm do que ele mesmo advertia na segunda-feira na sua homilia, que é esse pluralismo desenfreado e esse relativismo tão total que se converte em uma verdadeira ditadura para o pensamento e a cultura de nosso tempo", assinalou.

Segundo Dom Cañizares, que o conhece bem ao ter trabalhado com o novo Papa por um período de dez anos, "em nenhum momento" se experimentou "coibido", mas sim "estimulado para expressar-se" conforme a seu próprio pensamento. Insistem em "repetir tópicos e tópicos”, apontou.

Finalmente Dom Cañizares adiantou que a linha do Papa Bento XVI "não será distinta da seguida pelo João Paulo II, como tampouco, a linha de este foi distinta da dos seus antecessores".