Na primeira homilia de seu Pontificado, pronunciada durante uma Missa celebrada com o Colégio Cardenalício na Capela Sistina, o Papa Bento XVI destacou que se sente protegido pela “mão forte” do Papa João Paulo II.

Logo depois de compartilhar seu “sentido de inadequação e de confusão humana pela responsabilidade que me confiaram ontem”; o Pontífice recordou a memória do Papa João Paulo II. 

“Parece-me sentir sua mão forte que estreita a minha, parece-me ver seus olhos sorridentes e escutar suas palavras, dirigidas neste momento,  particularmente a mim: ‘Não tenha medo!’”, assinalou.

O Papa Bento destacou que a morte de João Paulo II e os dias seguintes, “foram para a Igreja e para o mundo inteiro um tempo extraordinário de graça”. “Podemos dizê-lo: os funerais do João Paulo II foram uma experiência verdadeiramente extraordinária em que se percebeu de alguma forma a potência de Deus que, através de sua Igreja, quer formar com todos os povos uma grande família, mediante a força unificadora da Verdade e do Amor”, adicionou.

“Na hora da morte –assinalou logo o Pontífice–, conformado com seu Mestre e Senhor, João Paulo II coroou seu longo e fecundo Pontificado, confirmando na fé ao povo cristão, reunindo-o em torno de si e fazendo sentir-se mais unida à inteira família humana”.

Como não sentir-se sustentados por este testemunho? Como não advertir o fôlego que procede deste acontecimento de graça?”, perguntou o Papa Bento durante a homilia.

Mais adiante, o Papa recordou que “frente a mim está, em particular, o testemunho do João Paulo II. Ele deixa uma Igreja mais valente, mais livre, mais jovem. Uma Igreja que, segundo seu ensinamento e seu exemplo, olha com serenidade ao passado e não tem medo ao futuro”, adicionou.