Por Abel Camasca
BAGDÁ, 21 de fev de 2015 às 09:24
Apesar de terem sido obrigadas a abandonarem as suas casas por causa da perseguição do Estado Islâmico, as crianças refugiadas em Bagdá (Iraque) pedem que as pessoas de todo o mundo lhes enviem as suas intenções pessoais para que possam rezar por elas na Via Sacra e na Santa Missa das sextas-feiras de Quaresma.
Assim divulgou a conta do Facebook “Amigos do Iraque” na quinta-feira 19 de fevereiro. “Rezaremos pelas intenções de todos os Amigos de Iraque, porém aqueles que querem enviar alguma intenção particular podem enviar para o e-mail: luismontes@ive.org”, acrescenta o comunicado.
O correio pertence ao sacerdote Pe. Luis Montes do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), que há vários anos anima e acompanha aos refugiados neste momento de dificuldade que foram obrigados a enfrentar.
“Queridos amigos: como ensina o Beato Padre Gnocchi: ‘na criança que sofre não devemos somente ver um pequeno redentor humano com Cristo e em Cristo, senão um intercessor e mediador de graça, em força de irresistível poder de aplacação e impetração que a dor inocente tem sobre o coração de Deus’”, escreveu o sacerdote.
Respondendo a esta iniciativa, diversos usuários já enviaram as suas intenções e também escreveram para agradecer este grande gesto de generosidade que as crianças e os demais refugiados estão oferecendo pelas pessoas.
Cabe recordar que o Papa Francisco acompanha muito de perto aos refugiados do Iraque. Inclusive telefonou para um grupo deles reunidos em Ankawa o mesmo 24 de dezembro, recordando-lhes que quando Jesus nasceu “não havia lugar para Ele” e logo teve que fugir ao Egito.
De igual modo, o Pontífice enviou uma mensagem aos cristãos do Oriente Médio, na qual os refugiados, que hoje pedem que contem com eles para rezar, sentiram-se identificados.
“As palavras do Papa ressonavam com uma força particular no ambiente aberto da escola que, como igreja improvisada, abrigava aos que mais se assemelhavam ao menino Deus que nasceu pobre, sem comodidades, fora de sua cidade, e que depois teve que fugir de quem o perseguia para matá-lo”, descreveu o Pe. Luis Montes.
“Agradecemos ao Papa as suas palavras de incentivo… Agradecemos a todos os que estão acompanhando com as suas orações e sacrifícios. E agradecemos aos nossos cristãos por seu exemplo”, concluiu.
