O entendimento de que é preciso transmitir a mensagem de Jesus Cristo de forma moderna, especialmente, aos jovens, foi o grande consenso do 24º Curso para Bispos, segundo o diretor do encontro anual, Dom Karl Josef Romer. Este ano foi concluído o triênio de reflexões sobre Concílio Vaticano II e, em 2016 os temas vão abordar o Sínodo para as Famílias.

Cerca 90 bispos de diversas regiões do país participaram do evento, realizado pela Arquidiocese do Rio, entre os dias 26 e 30 de janeiro, no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro. Os conferencistas foram: Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação da Causa do Santos, no Vaticano, Dom Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, e monsenhor Pierangelo Sequeri, professor da Universidade de Milão.

Segundo o diretor do curso, Dom Romer, que é bispo emérito da arquidiocese, os bispos diocesanos, auxiliares e eméritos presentes acolheram com grande entusiasmo tudo o que foi apresentado pelos conferencistas internacionais.

“Os bispos estão levando muito a sério a questão da comunicação. Entendem que é preciso usar os meios modernos de comunicação, não só o computador, mas também os iphones, entre outros recursos de comunicação rapidíssima. Porque precisam falar para à juventude, para que os jovens entendam que a Igreja participa da vida deles”, observou.

O curso, realizado anualmente, é aberto a todos os bispos do país. Dom Romer afirmou que em 2016 serão abordadas questões novas e cruciais para a valorização da família. Ele reforçou a importância de ressaltar que a família é formada para gerar vida, segundo a criação de Deus.

“Temos que respeitar e jamais ofender as pessoas que pensam diferente, mas sabemos que o fundamento de uma família é a união entre o homem e a mulher”, afirmou.

O bispo emérito ressaltou ainda que um grave problema do mundo atual é a falta de compromisso.

“As pessoas estão com uma incapacidade de uma fazer uma opção radical e definitiva na vida. Muitos acham que estão no ‘supermercado’ e que podem ‘tirar’ o que querem de todas as ‘estantes’. Na vida não é assim. Se o homem casado, por exemplo, jurou amor e fidelidade a sua esposa, ele deve com fé conduzir sua vida com ela, dando testemunho no mundo. Ele é corresponsável e não deve quebrar a promessa feita no altar a Deus”, recordou.