“Apresento minhas condolências aos familiares das vítimas do ataque à sinagoga em Jerusalém e de toda a violência que ensanguenta a Terra Santa”, assinala o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, depois do atentado ocorrido nesta manhã cometido por palestinos.

Em um comunicado divulgado pela agência vaticana Fides, o Patriarca assinala que “nas nossas Igrejas, conventos e mosteiros, mais que nunca, oramos para que o Senhor nos ajude e ajude os líderes políticos a tomar medidas adequadas para que haja paz e segurança para todos, todos, todos”.

O Patriarca, que acaba de retornar de uma viagem ao exterior, explica à Fides que encontrou uma Jerusalém marcada pelo reforço das medidas de segurança e dos postos de controle.

“Mas isto é um sinal de que a situação está longe de ser normal, e as medidas de controle não podem em si mesmas resolver a gravidade dos problemas. Temos que ir à raiz, eliminar as causas do desespero que gera violência, deter a interminável espiral de vingança. Do contrário, todos nós viveremos no medo, sem liberdade nem dignidade. Estes são os pensamentos de nossos corações, enquanto nos aproximamos do Natal”.

No atentado morreram quatro pessoas e nove ficaram feridas. Fontes policiais informam que os palestinos que realizaram o ataque o fizeram com “machados, facas e uma pistola”. Entraram na sinagoga Kehilat Yaakov, do bairro de Har Nof e atacaram os judeus que lá rezavam. As autoridades assinalam que dois delinquentes foram detidos.

As vítimas foram o rabino Moshe Twersky, de 60 anos, que era decano de uma escola religiosa judaica que oferece aulas em inglês, segundo o jornal local Jerusalem Post. Os outros três falecidos também são rabinos: Aryeh Kopinsky (43), Avraham Shmuel Goldberg (58) e Calman Levine (50).

A agência Fides, citando fontes israelenses, assinala que o grupo muçulmano Hamas emitiu um comunicado de reivindicação do atentado, ao tempo que o Presidente da Autoridade Palestina, Abu Mazen condenou qualquer ação que provoque a morte de civis.

O Presidente israelense Benjamin Netanyahu pré-anunciou uma forte resposta ao ataque por parte de Israel, atribuindo a responsabilidade tanto ao Hamas como à Autoridade Nacional Palestina.

Fides informa também que em Jerusalém, depois dos últimos confrontos entre as forças israelenses e os palestinos em frente da Esplanada das Mesquitas, a tensão tinha aumentado nas últimas horas depois da descoberta do corpo do palestino Yusuf Hassan al-Ramouni, um motorista de ônibus encontrado pendurado no terminal de Har Hotzvim no domingo de noite.

Os resultados da autópsia tinham assinalado suicídio, mas segundo fontes palestinas, o motorista foi agredido e depois assassinado.