O Papa Francisco lançou nesta sexta-feira a primeira foto através de sua conta do Twitter @Pontifex, dedicando-a aos cristãos perseguidos no Iraque e pedindo aos católicos do mundo que rezem com ele por estes irmãos que fogem da violência do Estado Islâmico (ISIS).

“Rezo diariamente por todos os que sofrem no Iraque. Rezai comigo”, pediu o Santo Padre, que constantemente faz estes apelos aos fiéis através de sua conta pessoal, assim como nas audiências e antes da oração do Ângelus.

Em 10 de agosto, o Papa expressou sua consternação pelas notícias que chegam do Iraque, onde “milhares de pessoas, em maioria cristãos, brutalmente expulsos de suas casas; crianças morrem de sede e de fome durante a fuga, mulheres são sequestradas, pessoas sofrem violências de todo tipo; destruição de casas, de patrimônios religiosos e culturais”.

“Tudo isso ofende gravemente Deus e a humanidade. Não se leva ódio em nome de Deus! Não se faz guerra em nome de Deus! Nós todos, pensando nessa situação, nesse povo, façamos silêncio agora e rezemos”, exortou aos fiéis depois do Ângelus dominical.

Do mesmo modo, depois de sua viagem para Coréia, Francisco telefonou para o Pe. Behnam Benoka, que junto com outros sacerdotes, religiosos e voluntários, atende em uma clínica improvisada com barracas aos 70.000 cristãos refugiados em Ankawa (Iraque), perto de Erbil.

O sacerdote enviou ao Papa –através do jornalista da CNA Alan Holdren-, uma carta transmitindo-lhe o sofrimento dos fiéis, que perderam familiares e todos os seus pertences por causa do Estado Islâmico, abandonando seus lares apenas com a roupa que tinham no corpo. O Pe. Benoka revelou que pelo menos uma pessoa morre por dia na clínica, principalmente idosos, e que muitos estão sofrendo pela exposição ao calor intenso e às longas horas que passaram sob o sol enquanto fugiam.

“Diga a todos que o Papa Francisco telefonou. Nunca me esqueço de ti e nunca te deixarei”, expressou o Santo Padre ao Pe. Benoka.

Para o Pontífice, a situação dos cristãos perseguidos –em especial no Iraque-, é de primeira urgência, por isso em meados de agosto enviou o Cardeal Filoni para expressar a sua proximidade aos fiéis e entregar ajuda. Do mesmo modo, enviou cartas ao presidente do Iraque e ao Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo-lhes que façam tudo o que seja possível para deter esta violência e socorrer às vítimas.