O Bispo de Monteria, Dom. Julho César Vidal, pediu ao Congresso dar uma lei mais equilibrada que beneficie a todos os grupos "e que permita acabar com quarenta anos de guerra", sem consagrar a impunidade.

Depois de assistir a um encontro com o Comissionado de Paz, Luis Carlos Restrepo, e com os comandantes das Auto-defesas Unidas da Colômbia (AUC), Dom. Vidal assinalou que existe nos paramilitares uma rejeição ao projeto de lei de justiça e paz porque "não a consideram apta nem conveniente para uma desmobilização, não só deles mas também de outros grupos armados".

"A Colômbia, infelizmente, teve a má experiência de muitos processos falidos", expressou o Prelado. Acrescentou que seria lamentável que esta nova oportunidade "também irá se truncar", pela falta de uma lei na qual possam caber todos os grupos elevados em armas à margem da lei".

Por sua vez, o Bispo de Apartadó, Dom. Germán García Isaza, assinalou que esta lei "não oferece muitas saídas para a reconciliação nacional". O Prelado, junto com Dom Vidal, trabalha como facilitador do processo de paz. Ambos estiveram presentes na reunião em Santa Fé de Ralito.

Graças ao diálogo estabelecido entre o governo colombiano e as AUC, mais de quatro mil e 500 paramilitares já se desmobilizaram.