O Papa Francisco reiterou ontem o seu chamado à paz no Oriente Médio, Iraque e Ucrânia, e pediu às partes em conflito “Parem, por favor! Vos peço de todo o coração”, alentando a não repetirem os erros do passado que levaram à Primeira Guerra Mundial.

Após a oração do Ângelus, o Santo Padre assinalou que “amanhã será o centésimo aniversário do início da Primeira Guerra Mundial, que causou milhões de vítimas e imensas destruições. Este conflito, que o Papa Bento XVI qualificou como ‘tragédia inútil’, desembocou, depois de quatro longos anos, em uma paz que resultou mais frágil”.

“Amanhã será um dia de luto pela lembrança deste drama. Ao mesmo tempo em que recordamos este trágico sucesso, expresso o desejo de que não se repitam os erros do passado, mas se recordem as lições da história, fazendo que prevaleçam sempre as razões da paz, mediante um diálogo paciente e corajoso”.

Francisco indicou que “em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço para que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação”.

“Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”.

O Papa pediu que “recordemos que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz!”.

“Irmãos e irmãs, nunca a guerra! Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!”, concluiu.