Os bispos caldeus, siro-ortodoxos, siro-católicos e armênios exortaram o Governo do Iraque a garantir “a proteção necessária” para os cristãos e outras minorias no país, que estão sendo vítimas dos jihadistas do Estado Islâmico, o qual impôs a lei islâmica nos territórios que controla neste país e na Síria.

Os bispos fizeram este chamado no final do encontro que tiveram em Erbil, a capital do Curdistão iraquiano, onde refletiram sobre o que devem fazer depois da expulsão de milhares de cristãos de Mosul e outras regiões do norte do país controladas pelos jihadistas, que autoproclamaram o Califado Islâmico.

O comunicado, entre cujas assinaturas está a do Patriarca Caldeu, Dom Louis Sako, também pede “apoio financeiro aos deslocados que perderam tudo”.

A agência Fides informou que o texto vai dirigido principalmente ao primeiro-ministro, Nuri Al-Maliki, e ao governo nacional. Os bispos iraquianos também convidam “as pessoas de consciência no Iraque e em todo o mundo” a pressionar os milicianos para que detenham “a destruição das igrejas e mosteiros, dos manuscritos, das relíquias e de toda a herança cristã, patrimônio iraquiano e internacional inestimável”.

“O que foi dito em relação a um acordo entre os milicianos e o clero é falso” continua o comunicado, que reitera que “um crime é um crime, e não pode ser negado ou justificado”.

Os prelados destacaram o exemplo da região autônoma do Curdistão iraquiano, que se dispôs prontamente a acolher as famílias deslocadas. Finalmente, propõem a criação de uma comissão que atenda as necessidades dos refugiados.

O apelo dos bispos termina com uma súplica a Deus Onipotente para que se detenha a catástrofe e seja restabelecida “a segurança, a paz e a estabilidade no Iraque”.