A situação dos cristãos no Iraque está ficando cada vez mais dramática. Neste final de semana a Mitra Diocesana de Mosul foi incendiada e o Mosteiro de Mar Behnam, que fica a dez minutos da cidade de Qaraqosh, foi tomado pelos fundamentalistas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIL), que na semana passada obrigaram os fiéis a fugirem de Mosul depois de marcar as suas casas com a frase “imóvel de propriedade do ISIL”.

A notícia do incêndio foi dada pelo patriarca da Igreja Católica Síria, Ignace Joseph III Younan, à Rádio Vaticano depois de reunir-se no sábado na Santa Sé com o Secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

Por sua parte, o Arcebispo siro católico de Mosul, Dom Yohanna Petros Moshe, denunciou à agência Fides que ontem, domingo, os milicianos jihadistas do ISIL, que faz umas semanas proclamaram o “Califado Islâmico” nos territórios que controlam no Iraque e Síria, tomaram posse do antigo mosteiro de Mar Behnam, a dez minutos da cidade de Qaraqosh, onde vivem monges siro católicos.

Os fundamentalistas islâmicos “obrigaram os três monges e umas poucas famílias que viviam no mosteiro a ir embora e deixando as chaves”, indicou.

A agência Fides assinalou que por agora não há mais notícias confirmadas sobre o que está acontecendo no mosteiro, mas se temem mais atos de vandalismo e profanação como os que já se registraram em outros lugares de culto cristãos tomados pelos jihadistas.

Estes fatos aumentaram o temor dos cristãos em Qaraqosh que fica perto de Mar Behnam.

Este mosteiro está dedicado ao príncipe mártir assírio Behnam e a sua irmã Sarah, que data do século IV, é um dos lugares de culto mais antigos e venerados pelo cristianismo.