O Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, expressou sua preocupação pela crescente onda de violência no país e denunciou como principal causa do problema um crescente desajuste moral ocasionado pela perda do sentido de pecado.

O Cardeal lamentou que enquando os índices de violência, injustiças, roubos, assassinatos e toda classe de desvios cresce de forma alarmante, a prática da confissão e o reconhecimento de própria culpa diminui de forma significativa.

“Embora não gostemos de falar do pecado, temos que reconhecer que a violência, as injustiças, a corrupção, os desvios sexuais, o desprezo pela vida são o pecado presente em nossa vida e em nossa sociedade”, afirmou o Arcebispo e acrescentou que  “se está vivendo de uma maneira mais  álgida em algumas partes e de maneira menor em pequenos povos, mas em todos os lados se dão estes ilícitos e as pessoas devem manifestar sua insatisfação por esta falta de segurança que estamos vivendo”.

O Purpurado ressaltou que “a Igreja vê com preocupação o desempenho deficiente de nossos governantes que, apesar de suas reiteradas promessas de aplicar a lei e de combater a criminalidade, não escutam o clamos dos cidadãos”.

“No México fazem falta polícias, renovação de leis e maior orçamemento, mas principalmente educação com valores cívicos para que nos comportemos de outra maneira”, afirmou o Cardeal.

O Arcebispo indicou também que a segurança não só é questão de autoridades ou polícias, mas também de princípios, pois “por mais polícias que tivéssemos, se não se recebe uma educação com valores dificilmente sairemos adiante”.

Por outro lado, ao referir-se à marcha conta a falta de segurança que será realizada no próximo 27 de junho nesta cidade, o Cardeal apontou que a população sente-se desamparada e impotente frente à violência e o seqüestro, pelo que “é bom que as pessoas se manifestem e que todos ponhamos o que corresponde a cada um de nós”.

O Purpurado precisou que essa mobilização é mais que uma proposta ou reclamo porque “é a favor da paz, da segurança, pedindo auxilio a quem pode nos dar maior segurança, é muito louvável que as pessoas manifestem sua inquietude”.