A Santa Sé informou no dia 9 de julho que assumiu como novo presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o francês Jean-Baptiste de Franssu, que liderará a segunda fase da reforma do conhecido como “Banco Vaticano”, substituindo a Ernst von Freyberg, que devido a outros compromissos não pode se dedicar a tempo completo ao IOR.

Assim se informou durante o anúncio das novas medidas para melhorar a gestão econômica e administrativa da Santa Sé, onde se recordou que “depois da confirmação da missão do IOR pelo Santo Padre em 7 de abril 2014 e sob a guia da Secretaria de Economia e do Conselho de Economia, o IOR anunciou o plano para a seguinte fase de desenvolvimento”.

Nesse sentido, “o Conselho de Cardeais do Santo Padre (C9), a Secretaria de Economia, a Comissão de Vigilância dos Cardeais e o atual Conselho de Superintendência do IOR decidiram conjuntamente que este plano deve ser realizado por um novo grupo de governo liderado por Jean-Baptiste de Franssu”.

“De Franssu assumirá o cargo de novo presidente do IOR em 9 de julho de 2014. Ernst von Freyberg aceitou cumprir um período de transição para garantir uma adequada transição de poderes”, indicou-se.

Nesse sentido, Jean-Baptiste de Franssu afirmou que “é uma honra ter sido chamado para começar as mudanças que hoje são necessárias para transformar depois o IOR em um fornecedor especializado de serviços para a Igreja”.

Durante os próximos três anos, serão revisados os estatutos do IOR e as atividades se reestruturarão seguindo três prioridades estratégicas: Fortalecer os negócios do IOR; deslocar gradualmente a gestão do patrimônio a uma nova e central Gestão de Ativos do Vaticano, VAM; com o fim de superar a duplicação de esforços neste acampo entre as instituições vaticanas; concentrar as atividades do IOR sobre as assessorias financeiras e sobre os serviços de pagamento para o clero, as congregações, as dioceses e os empregados leigos do Vaticano.

A Santa Sé afirmou que “o IOR se encontra em uma fase de transição tranquila. A primeira fase das reformas impulsionadas por Ernst von Freyberg terminou. Registraram-se excelentes avanços graças à adesão às normas internacionais; a transparência assim conseguida é evidente no segundo relatório anual que foi completamente revisado por Deloitte”.

“Começou um novo sistema de luta contra a lavagem de dinheiro e continua sendo feito todo o possível para conformar-se à normativa vigente. O Departamento de Cumprimento Interno, com a assistência do Promontory, examinou atentamente 18.000 clientes”.

“A liderança de Von Freyberg preparou o terreno para o início da seguinte fase guiada pelo presidente eleito Jean-Baptiste de Franssu que se dedicará a tempo completo a sua nova tarefa. Devido a outros compromissos, o presidente von Freyberg não pode se dedicar a tempo completo ao IOR”.

“Nas diversas instituições financeiras que respondem à Secretaria de Economia se seguiu um padrão geral de cooperação especializada entre clero e leigos. A natureza exata desta cooperação no governo do IOR está ainda por ser determinada. Os cinco membros da Comissão de Cardeais continuarão participando e se unirá a eles o cardeal Josip Bozanic de Zagreb, Croácia”.

Nesse sentido, anunciou-se que estes membros são o Cardeal Santos Abril y Castelló, Arcipreste da basílica papal de Santa Maria a Maior; o Cardeal Thomas Christopher Collins, Arcebispo de Toronto (Canadá); o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado Vaticano; o Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena (Áustria); assim como o Cardeal Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

Do mesmo modo, serão nomeados seis novos membros leigos para o Conselho do IOR. Além do presidente Jean-Baptiste de Franssu, estão o alemão Clemens Boersig, a norte-americana Mary Ann Glendon; e o britânico Sir Michael Hintze.

Dom Alfred Xuereb, secretário geral da Secretaria de Economia, será secretário sem direito a voto do Conselho do IOR. Dom Battista Ricca continua sendo o Prelado do IOR.