Os parentes de uma jovem mulher grávida a espancaram e a agrediram com tijolos até a sua morte, ao leste do Paquistão, depois de casar-se com um homem contra a vontade de sua família, informaram as autoridades.

Conforme assinala CNN em espanhol, Farzana Parveen, de 25 anos, foi atacada nesta terça-feira perto da Alta Corte em Lahore por 20 pessoas, incluindo seus irmãos, seu pai e um primo, informou a polícia.

Um membro da família a prendeu pelo pescoço com um pano enquanto seus irmãos golpeavam a sua cabeça com tijolos, disse Mushtaq Ahmed, um oficial da polícia que fez o relatório preliminar do assassinato. Parveen tinha três meses de gravidez.

A falta da jovem, explica a polícia, foi que se negou a casar-se com um primo escolhido pela sua família para ela e, em vez disso, escolheu um viúvo chamado Mohammad Iqbal. O primo com quem sua família queria casá-la estava entre os atacantes, indicou a polícia.

A família abriu um processo contra Iqbal, seu marido, acusando-o de sequestro e o ataque ocorreu quando ela vinha do escritório de seu advogado para a Corte, onde declararia que se casou com Iqbal por vontade própria.

De acordo com um artigo islâmico da lei paquistanesa, conhecido como a lei de Diyat, a família de uma vítima pode perdoar o assassino, segundo um relatório da Comissão.

Normalmente a família da vítima tem vínculos com o assassino, e convenientemente perdoa o seu parente, absolvendo-o do assassinato.

De acordo com um relatório publicado em abril pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, 869 mulheres foram vítimas de assassinatos de honra no último ano. Mas Farzana Bari, uma ativista de direitos humanos de Islamabad, diz que o número real pode ser muito maior porque muitas famílias não reportam os crimes. Em muitos casos, adiciona Bari, as pessoas que não pertencem à família não tentam proteger à vítima.