Consultado sobre a liberdade religiosa e a liberdade de expressão em países asiáticos como a Coréia do Norte e China, o Papa Francisco esclareceu que “o problema da falta de liberdade para praticar a religião não é só de alguns países asiáticos. Também se dá em outros países do mundo”.

“A liberdade religiosa é algo que nem todos os países têm. Alguns têm um controle mais fácil e tranquilo, outros tomam medidas que acabam em uma verdadeira perseguição”, explicou aos jornalistas a bordo do avião que o levou de Israel a Roma.

“Há mártires. Há mártires hoje. Mártires cristãos, católicos e não católicos. Há lugares onde não se pode usar um crucifixo ou ler a Bíblia, onde não se pode ensinar o catecismo. Eu acho que hoje, se não estou errado, há mais mártires que nos primeiros tempos da Igreja”.

O Pontífice disse logo que “devemos nos aproximar destes casos com prudência para ajudar, devemos rezar muito por estas Igrejas que sofrem. Também os bispos e a Santa Sé trabalham para ajudar os cristãos destes países. Mas não é uma coisa fácil”.

“Digo uma coisa: em um país está proibido rezar juntos. Os cristãos querem celebrar a Eucaristia. Há um senhor que trabalha como operário que é sacerdote. Fazem como se estivesse tomando o chá e celebram a missa. Isto acontece hoje”, assegurou.