SEVILHA, 6 de abr de 2005 às 10:28
O Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, opinou que quem está chamado a ocupar a Sé do Pedro deve ser “de quem Deus mais gostar” e que na eleição todos os cardeais devem ter “o olhar colocado em Deus e os olhos postos na gente”.
O Cardeal considerou “lógica” a atenção do mundo inteiro sobre o próximo Pontífice e precisou que “o Papa não sucedido por ninguém, senão que cada Papa começa uma nova etapa, sempre como sucessor de Pedro”.
Do mesmo modo, o Cardeal, que já viajou a Roma para assistir aos funerais do Papa João Paulo II e das congregações gerais que celebram os cardeais nestes dias, declarou que o Pontífice “não é um político, nem um técnico, nenhuma pessoa que tenha que fazer crescer a economia, mas sim uma pessoa que tem que ajudar a que vivamos com um pouco mais de paz”.
O Cardeal também recordou as visitas do João Paulo II a Sevilha em duas oportunidades: 1982 e 1993 quando “soube subir até a Giralda, ajoelhar-se diante de Santa Ángela, cantar um pouco de música de Sevilha e disso obviamente Sevilha não pode esquecer”.
O Cardeal voltará para Sevilha a tempo para celebrar, na Catedral hispalense, a missa de exéquias pelo João Paulo II o dia sábado e a que assistirão, conforme disse, as autoridades andaluzas.