O Papa Francisco expressou sua especial solidariedade e proximidade para com as vítimas das máfias, particularmente para com aqueles que perderam algum familiar nas mãos destes grupos; e pediu aos mafiosos que se convertam “para não terminar no inferno”.

Na reflexão que fez o Santo Padre em uma vigília com 700 familiares de vítimas da máfia na Paróquia de São Gregorio VII, o Santo Padre assinalou que “o desejo que tenho é o de compartilhar com vocês uma esperança, e é esta: que lentamente o sentido de responsabilidade vença sobre a corrupção, em todas partes do mundo”.

“E isto deve partir de dentro, das consciencias, e dali curar, curar os comportamentos, as relações, as escolhas, o tecido social, de tal forma que a justiça ganhe espaço, cresça, radique-se, e tome o lugar da iniqüidade”.

Depois de agradecer o testemunho destas pessoas, o Papa disse: “queria rezar com vocês – e o faço de coração – por todas as vítimas das máfias. Também há poucos dias, perto deTaranto, perpetrou-se um delito que não teve piedade nem mesmo por uma criança. Mas ao mesmo tempo rezemos juntos, todos, para pedir a força de ir adiante, de não desalentar, mas continuar a lutar contra a corrupção”.

O Papa Francisco indicou que não podia terminar sua reflexão “sem dizer uma palavra aos grandes ausentes, hoje, aos protagonistas ausentes: aos homens e mulheres da máfia. Por favor, mudem de vida, convertam-se, deixem de fazer o mal! E nós rezamos por vocês: convertam-se. Peço-o de joelhos. É por seu bem”.

“Esta vida que agora vivem, não lhes dará prazer, não lhes dará alegria, não lhes dará felicidade. O poder, o dinheiro que agora possuem de tantos negócios sujos, de tantos crimes mafiosos, é dinheiro ensangüentado, é poder ensangüentado, e vocês não poderão levá-lo a outra vida”.

Finalmente o Santo Padre os exortou: “convertam-se: ainda é tempo para não terminar no inferno. É o que os espera se continuarem por este caminho. Vocês tiveram um pai e uma mãe: pensem neles. Chorem um pouco e convertam-se”.