O cantor Bertín Osborne assegurou que "com mais meios e ajuda psicológica" poderiam ser evitados "muitíssimos" abortos de mães que terão crianças com deficiência "e todo mundo em sua volta lhes apresenta um futuro de sacrifício e sofrimento".

Osborne participou em um programa de 13TV no qual foi perguntado pela decisão de ter seu filho apesar dele sofrer com uma grave lesão cerebral. "Não tivemos opção, provavelmente agora entraria em um dos supostos, mas estou muito satisfeito de não ter tido esta opção naquele momento", explicou.

Quanto à possibilidade de abortar contemplada na legislação espanhola, o cantor se mostrou especialmente contrário àquelas referentes à deficiência da futura criança. "Com mais meios e ajuda psicológica se poderiam evitar muitíssimos abortos, sobretudo, daquelas mães que vão ter crianças com deficiências e todo mundo lhes apresenta um futuro de sacrifício e sofrimento", ressaltou.

O apresentador de televisão se mostrou crítico com a atual lei em relação a este tema, aprovada durante o mandato de José Luis Rodríguez Zapatero, que permite excepcionalmente o aborto em menores de idade. "Eu gostaria que à pessoa que fez esta lei, acontecesse em sua própria casa com a sua filha. Somos um país que em algumas coisas não temos lógica", asseverou.

Em todos os casos, recordou que este debate é "um tema muito de consciência", apesar de que ele nunca aconselharia um aborto. "Não o faria por muitas razões, sobretudo, pelo trauma. Conheço muitas mulheres que abortaram e sofrem com isso durante toda a vida", concluiu.