Mandatários de diversos países da América Latina destacaram o grande legado do em prol da região, reconhecendo que em cada país existem frutos concretos que lhe agradecer.

O presidente do México, Vicente Fox, assinalou que "o Papa mexicano terá nesse país um povo que sempre lhe será fiel". Enquanto isso, no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou "a luta infatigável liderada pelo Papa em prol da dignidade humana".

Em Cuba, onde o Papa esteve em 1998, anunciou-se luto oficial de três dias. "Sempre vimos o Papa como um amigo, alguém que se preocupou com os pobres, que combateu o neoliberalismo e que lutou pela paz", indicou o chanceler cubano Felipe Pérez Roque. Do mesmo modo, o líder opositor, Oswaldo Payá, lamentou a morte do Papa e destacou sua mensagem de libertação frente a todas as formas de opressão.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, assegurou que seu governo se soma "à dor mundial pela partida do Papa peregrino", acrescentou que seu maior legado foi "sua permanente luta pela paz" e recordou o pronunciamento papal contra a invasão americana no Iraque.

Na Colômbia, o falecimento do Papa surpreendeu o presidente Álvaro Uribe em meio de um ato público em Manizales e pediu ao público um minuto de silêncio pelo descanso eterno do Santo Padre.

O presidente da Bolívia, Carlos Mesa, qualificou o falecimento de João Paulo II como perda enorme para a humanidade e decretou luto nacional de três dias, enquanto milhares de fiéis iam às paróquias orar pelo Pontífice que visitou esse país há 17 anos.

O presidente Ricardo Lagos destacou o apoio do Papa ao povo chileno em sua "aspiração de conquistar a liberdade e construir a democracia" em tempos de Augusto Pinochet.

Por sua vez, o mandatário argentino, Néstor Kirchner, expressou sua dor pela morte do Papa e destacou sua "capacidade de mediação", que evitou uma guerra com o Chile em 1978 por uma disputa territorial no Canal de Beagle. Também recordou seu "acompanhamento nos momentos mais difíceis e mais duros da guerra das Malvinas" contra Grã-Bretanha, em meados de 1982, quando visitou pela primeira vez o país.

Em tanto, o presidente do Panamá, Martin Torrijos, disse que a morte do Pontífice "enche de profunda dor ao povo panamenho", e em El Salvador um comunicado da chancelaria lamentou a "perda irreparável" que representa a morte do Papa.

O presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, mostrou-se consternado pelo falecimento do Papa João Paulo II e expressou seu pesar "pela perda de uma figura histórica, que deixa pegadas e exemplo de paz e solidariedade para o mundo".

Em diversos países da região se decretou luto nacional por vários dias e se programaram uma série de missas pela memória do Santo Padre.