A Capelania Nacional Ucraniana em Portugal e a Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) promoveram hoje um dia nacional de oração pela paz na Ucrânia. A Capelania Nacional Ucraniana, de rito bizantino, está presente em sete dioceses portuguesas e acompanha atualmente uma comunidade emigrante composta por cerca de 60 mil pessoas.

"A crescente onda de violência que está a assolar a Ucrânia, fruto de manifestações populares e da resposta repressiva por parte das forças policiais, e que, segundo as notícias desta manhã, já conta com 25 mortos confirmados, é motivo de preocupação e sofrimento para todos, em particular para o povo ucraniano e os seus imigrantes espalhados pelo mundo", refere um comunicado da OCPM, enviado hoje à Agência Ecclesia do episcopado português.

O coordenador da Capelania Nacional Ucraniana em Portugal lamentou o ambiente de violência e morte que se vive no seu país e pediu às comunidades portuguesas que “rezem pelo fim dos conflitos”.

“Neste momento, os ucranianos não têm confiança nos seus políticos nem nos regimes, só têm confiança nas pessoas com quem estão, aqui em Portugal e em todo o mundo, para que se juntem a eles para pedir a proteção divina para o seu país, para todas as suas famílias”, sublinha o padre Ivan Hudz, em declarações a Ecclesia.

O coordenador da Capelania Nacional Ucraniana teme que os números de mortos e feridos com a violência sejam “ainda maiores” do que os divulgados. Segundo o Pe. Hudz no centro desta questão está sobretudo “um povo que não quer guerras mas sim melhorar a sua vida e viver numa sociedade sem perseguições e corrupções, numa sociedade onde haja justiça”.

O responsável salienta que a comunidade ucraniana radicada em Portugal está acompanhando esta situação com “muita preocupação” e que os telefonemas para casa, para saberem das famílias que deixaram no país, têm sido “constantes”.

“Muitos ucranianos aqui também já enviaram cartas ao Governo português, para pedir-lhe que intervenha e ajude a resolver esta questão”, concluiu o sacerdote.