O governo do Israel, através do ministério de Saúde do país, planeja ampliar a cobertura de pagamentos de abortos a mulheres entre 20 e 33 anos em 2014, conforme informa o jornal local Times of Israel.

O projeto original apresentado por um comitê do ministério de Saúde, presidido por Jonathan Halevi, procurou originalmente financiar o aborto de todas as mulheres em Israel, mas por limitações no pressuposto se viram obrigados a criar um limite de idade.

De acordo à imprensa local, pagar os abortos das mulheres nesta faixa etária custará ao redor de 4,5 milhões de dólares ao Estado.

Estima-se que ao ano em Israel realizam-se 40 mil abortos, com uma das legislações mais liberais no mundo ocidental.

Embora o código penal do país estabeleça que o aborto é um crime que suporta uma condenação de até cinco anos de prisão, também admite numerosas circunstâncias que permitem que se realizem abortos legais, incluindo bem-estar emocional e econômico.

Por isso, conforme informa a imprensa local, a aprovação de uma solicitação de aborto é quase automática se a mulher for menor de 17 ou maior de 40 anos.

Também aplicam facilmente casos de violência sexual, incesto ou relações extramatrimoniais, assim como casos nos quais a saúde física ou mental se encontra em suposto perigo ou se o bebê no ventre foi diagnosticado com alguma doença congênita.

Adicionalmente, o exército provê pelo menos um aborto gratuito a cada mulher desde que o solicite.

A proposta do comitê será apresentada ao Conselho de Saúde, organismo assessor do ministério de Saúde, em 22 de janeiro.