Estudos realizados por um grupo de cientistas do Mount Sinai School of Medicine, em Nova Iorque (Estados Unidos), revelaram que as células embrionárias na placenta percorrem o corpo da mãe gestante e ajudam a reparar tecidos danificados, especialmente os do coração.

A diretora de Medicina Regenerativa Cardiovascular do Mount Sinai School of Medicine e pesquisadora principal do estudo, Hina Chaudhry, indicou que “nossa pesquisa mostra que as células estaminais fetais têm um papel importante em induzir a reparação cardíaca materna”.

“Isto é uma descoberta emocionante que tem um potencial terapêutico de grande alcance”, assegurou.

Os cientistas descobriram que as células estaminais da placenta migram para o coração da mãe e se estabelecem onde se produziu uma lesão, como no caso de um enfarte.

As células estaminais então se reprogramam como células estaminais do coração para ajudar na sua reparação.

Os peritos estudaram os corações de ratazanas grávidas que sofreram uma parada cardíaca induzida na metade de sua gestação e sobreviveram.

Usando proteína fluorescente verde nos fetos para evidenciar as células estaminais derivadas da placenta, os cientistas descobriram que as células estaminais se estabeleceram nos corações feridos de suas mães, enxertaram-se no tecido prejudicado e se diferenciaram em células suaves musculares, células de vasos sanguíneos e outros tipos de células do coração chamadas cardiomiocitos.

Hina Chaudhry assinalou que “identificar um tipo ideal de célula estaminal para a regeneração cardíaca foi um grande desafio na pesquisa de doenças cardíacas. As células embrionárias mostraram potencial, mas apresentam preocupações éticas. Mostramos que as células embrionárias fetais derivadas da placenta, que é descartada depois do parto, é significativamente prometedora”.

“Isto marca um avanço significativo na medicina regenerativa cardíaca”, disse.