O Arcebispo de Zaragoza, Dom Elías Yanes, afirmou que o legado espiritual do Papa João Paulo II "é um rico patrimônio que terá muitos séculos de vigência na Igreja".

O Papa deixa "um legado de grande riqueza", posto que "cada ano publicou dois ou três documentos importantes, de grande amplitude e profundidade" seguindo as orientações do Concílio Vaticano II.

Deste modo, "não houve questão importante que não tenha tratado", sempre dentro de "uma linha coerente, a afirmação da Igreja como comunhão com a Trindade", assim como "sua missão evangelizadora, a afirmação da dignidade da pessoa como fundamento da ética social e política ou a ética conjugal".

Do mesmo modo, o Prelado ressaltou, "todo seu trabalho de diálogo com as outras confissões e com o mundo moderno, como se viu em todas as viagens que realizou nos contextos mais diversos e em países com os sistemas políticos mais adversos", sempre respeitando "a liberdade de espírito".

Dom Elías Yanes declarou que "em quase todos seus documentos há reflexões sobre os direitos humanos" e, de fato, "os últimos livros refletem esta predileção do Papa por estes temas". A ética, tal como a Igreja a concebe, "é um fundamento".

João Paulo II em Zaragoza

Por outro lado, o Arcebispo recordou que João Paulo II realizou duas visitas a Zaragoza, e que "guardamos uma grata memória".

A primeira visita do Papa, em 1982, "foi dentro do ciclo de visitas a todas as dioceses" espanholas, e a segunda, em 1984, foi "por ocasião da viagem que empreendia a América. Naquela ocasião "fez uma escala em Zaragoza como preâmbulo". Em ambos os encontros, "o Papa foi muito próximo às pessoas, pudemos vê-lo de perto e escutá-lo", concluiu.