No marco da tradicional Festa do Quasimodo, milhares de “quasimodistas” que conformam mais de 150 agrupamentos, acompanharão este segundo domingo da Páscoa aos ministros da Eucaristia que levarão a comunhão aos doentes chilenos.

Esta festa é uma expressão de religiosidade popular muito arraigada na zona central do Chile cuja origem se remontam à época da Colônia. Trata-se de uma celebração única no mundo católico e foi definida pelo Papa João Paulo II como um "verdadeiro tesouro do povo de Deus".

A palavra Quasimodo procede do latim “Quasi modo”, que significa “Ao modo de”, e corresponde às primeiras palavras da antífona de entrada da Missa do segundo domingo de Páscoa.

Este ano, em um ambiente de gozo e especialmente animada pelo Ano da Eucaristia, sai-a a percorrer ruas e caminhos para levar a comunhão aos lares onde se encontram os doentes que não puderam receber a comunhão no dia de Páscoa.

Para este dia em que se celebra ou se “corre Quasimodo”, as distintas associações de quasimodistas de todo o país, preparam-se com meses de antecipação, pondo em condições suas cavalgaduras, trajes, carretas, carros, bicicletas e outros veículos, nos que com cantos religiosos acompanham aos lhe celebrem a levar o Muito santo até os doentes, em uma ação conjunta de serviço e solidariedade com o que sofre.

Atualmente, estima-se que há mais de cem mil quasimodistas, agrupados em aproximadamente 150 quasimodos. Alguns dos elementos que usam são o lenço na cabeça, e a capa, tirada da vestimenta sacerdotal, que substitui ao "poncho", em sinal de estar revestidos para um serviço à Igreja. Ambos os objetos são normalmente de cor branca com desenhos da Cruz, hóstia, cálice, e outras imagens religiosas.

Também levam durante o percurso a Cruz que preside a procissão; o Pálio para dignificar ao Santíssimo, as bandeiras do Chile e da Santa Sé, os estandartes dos diferentes Quasimodos; e o sino, para proclamar e anunciar a chegada e passagem do Santíssimo.