O Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani, destacou no seu recente programa Diálogo de Fé a defesa da doutrina católica feita recentemente pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller, sobretudo, "em momentos difíceis", o qual "diz muito", do Prelado.

"Queria recordar também que faz uma semana Dom Müller, Prefeito da Doutrina da Fé, escreveu umas palavras muito bonitas falando sobre a Eucaristia e como exige uma preparação para receber o Corpo de Cristo. Este homem, a quem o Papa encarregou a fé, com uma valentia e uma clareza nos diz: Eu não posso receber a Eucaristia se não estou perto de Deus", expressou em referência ao artigo escrito pela autoridade vaticana no L´Osservatore Romano sobre os divorciados recasados que não podem receber a comunhão.

O Arcebispo de Lima recordou que nestes tempos difíceis é necessário defender a fé, em especial os sacramentos como a Ordem Sacerdotal. "Essa defesa da fé em momentos difíceis diz muito deste homem (Dom Müller). Faz um tempo também falava em uma conferência do ministério sacerdotal, que o Ministério sacerdotal exige o celibato. Haverão dificuldades e problemas, mas o que Deus quer e o que a Igreja propõe e o que leva a santidade é o sacerdote que vive o celibato. Coisas bonitas que nos levam a olhar o Papa Francisco com gozo e com alegria", assinalou.

No último dia 30 de outubro, Dom Müller se apresentou na faculdade de teologia da Sicília San Juan Evangelista em Palermo (Itália), com ocasião da apresentação do volume da obra completa de Joseph Ratzinger, e onde se referiu ao celibato como fundamento dogmático do sacerdócio católico.

Do mesmo modo, o Prefeito da Doutrina da Fé indicou que "onde falta o fundamento dogmático do sacerdócio católico" também falta, entre outras coisas, a motivação que induz a uma "compreensão razoável" do celibato como "sinal escatológico do mundo de Deus que virá".