Ao presidir nesta manhã a habitual Missa na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que a oração, diante dos problemas e calamidades na vida, significa abrir a porta a Deus para que Ele possa fazer algo.

O Santo Padre advertiu que "quando não rezamos, fechamos as portas ao Senhor para que Ele não possa fazer nada!".

"Ao contrário, diante de um problema, de uma situação difícil, de uma calamidade, a oração abre as portas ao Senhor para que Ele venha. Ele refaz as coisas, Ele sabe arranjar as coisas, colocá-las no lugar. Rezar é isso: abrir as portas ao Senhor. Se as fecharmos, Ele não pode fazer nada".

Ao refletir sobre o Evangelho, que hoje narra a história de Marta e de sua irmã Maria, o Santo Padre disse: "pensemos nesta Maria que escolheu a melhor parte e nos mostra o caminho, como se abre a porta ao Senhor".

"Aos olhos de sua irmã estava perdendo o tempo, também parecia talvez um pouco fantasiosa: olhava o Senhor como se fosse uma menina admirada. Mas, quem gosta dela? O Senhor: ‘Esta é a melhor parte’, porque Maria escutava o Senhor e orava com o seu coração".

O Papa indicou que o Senhor "nos quer dizer: A primeira tarefa na vida é a oração. Não a oração das palavras como papagaios, mas a oração do coração: contemplar o Senhor, escutar o Senhor, pedir ao Senhor. E nós sabemos que a oração faz milagres".

"E Marta fazia isto: O que ela fazia? Trabalhava, mas não rezava! Depois, há o comportamento dos outros como o teimoso Jonas, que são os justiceiros. Ele ia, profetizava, mas no seu coração, dizia: ‘Merecemos isto, o merecemos’. Ele profetizava, mas não rezava! Não pedia perdão ao Senhor por eles. Só os criticava".

"São os justiceiros, aqueles que acham que têm a razão! E ao final - continua o livro de Jonas - vê-se que era um homem egoísta, porque quando o Senhor salvou Nínive, pela oração do povo, ele se incomodou com o Senhor: ‘É sempre assim. Sempre perdoas!’".