Pela primeira vez em 1600 anos se tomou a decisão de suspender as Missas dominicais frente ao aumento de ataques contra os cristãos em mais de 60 lugares do Egito entre Igrejas, conventos, escolas e instituições, cometidos pela autodenominada "Irmandade Muçulmana".

"Não vamos no mosteiro no domingo para rezar pela primeira vez em 1 600 anos", assinalaram ao jornal al-Masry al-Youm os sacerdotes Selwanes Lotfy do Mosteiro da Virgem Maria e Ibram Monastery em Degla, no sul de Minya.

O Padre Lotfy disse que os muçulmanos destruíram o lugar onde está o mosteiro e que, além do mosteiro, tem três Igrejas, uma das quais é patrimônio arqueológico. "Um dos extremistas escreveu na parede do mosteiro: ‘doem isto aos mártires da mesquita’", indicou.

Os cristãos coptos são aproximadamente 10 por cento da população total do Egito que chega a mais de 80 milhões de habitantes. Esta comunidade sempre sofreu a perseguição por parte dos extremistas muçulmanos. Nestes dias a violência se intensificou, como resultado da violência entre os bandos que apoiam e os que estão contra do deposto presidente Mohamed Morsi.

Os enfrentamentos destes dias já cobraram a vida de pelo menos mil pessoas, muitos cristãos entre eles, vítimas dos ataques aos lugares de culto e de propriedade da minoria cristã.