O Papa Francisco improvisou uma roda de imprensa durante seu voo de volta à Santa Sé em que reiterou que seus motivos para morar na Casa Santa Marta são o contato e a proximidade com as pessoas e afirmou que a austeridade é algo que devem praticar todos aqueles que trabalham para a Igreja.

"Não poderia viver sozinho no palácio, não é luxuoso. O apartamento pontifício não é tão luxuoso, é amplo e grande, mas não luxuoso. Mas eu não posso viver sozinho ou com um pequeno grupo. Sinto a necessidade de estar com as pessoas, de encontrar gente, de falar", expressou o Papa à imprensa que o acompanhou de retorno ao Vaticano.

Francisco disse que "cada um deve levar adiante a sua vida conforme seu modo de viver e de ser. Os cardeais que trabalham na Cúria não vivem como ricos ou fastuosos. Vivem em pequenos apartamentos, são austeros, os que eu conheço".

"Cada um deve viver como o Senhor lhe pede que viva. A austeridade, uma austeridade geral, creio que seja necessária para todos, para todos aqueles que trabalham no serviço da Igreja. Há muitas tonalidades de austeridade, cada um deve procurar o seu caminho", indicou.

Mais adiante, o Santo Padre confessou que gostaria muito de "passear pelas ruas de Roma" sendo já Pontífice; "porque eu gosto de andar pelas ruas, eu gostava muito e nesse sentido me sinto um pouco enjaulado". Entretanto, assinalou que os membros da Delegacia vaticana "são bons, são realmente bons e eu estou muito agradecido pelos seus serviços. Agora me deixam fazer algumas quantas coisas a mais, mas é seu dever garantir a segurança".

"Enjaulado nesse sentido, porque eu gosto de andar pela rua, mas entendo que não é possível, entendo. Disse nesse sentido. Porque, como costumávamos dizer em Buenos Aires, eu era um sacerdote muito "rueiro". Ato seguido, Francisco perguntou aos jornalistas: Vocês estão com fome?".