A família do líder opositor cubano Oswaldo Payá, que faleceu no dia 22 de julho do ano passado em um aparente acidente de trânsito, solicitou asilo político nos Estados Unidos, conforme informou hoje o Movimento Cristão de Liberação (MCL) em um comunicado.

A viúva do Payá, Ofelia Acevedo, e vários familiares deram este passo "ante as ameaças, o assédio e a constante vigilância das pessoas que são vítimas por parte da ditadura dos irmãos Castro", que "lhes fazem temer pela sua segurança e pelas suas vidas".

Acevedo e seus dois filhos -Rosa María e Reinaldo- chegaram à cidade americana de Miami no dia 6 de junho deste ano, ao parecer, com este objetivo.

"De dentro e de fora da ilha continuamos tomando ações em função da implementação da investigação internacional independente que esclareça publicamente as mortes do Oswaldo Paya e Harold Cepero",disse.

O membro do Partido Popular (PP) Ángel Carromero foi condenado a quatro anos de prisão no último mês de outubro por dirigir o carro que sofreu o acidente causando a morte do Payá e Cepero, no marco de sua visita ao país caribenho.

Três meses depois, Carromero foi enviado a Madri para cumprir a sua pena, mas foi sentenciado como homicídio em terceiro grau, o que lhe permitiu voltar para o seu trabalho, embora seus movimentos sejam controlados eletronicamente.

A família do Payá denunciou em numerosas ocasiões que o líder opositor não morreu em um acidente de trânsito, mas foi assassinado pelo regime cubano, já que a Polícia Secreta já o tinha tentado outras vezes de forma parecida.

Além disso, o MCL reiterou seu pedido de uma consulta cidadã "que pode começar a transição verdadeira" e apoiou a proposta opositora conhecida como O Caminho do Povo, "que expressa os objetivos comuns do movimento democrático cubano".

"'É a folha de rota' para os direitos que impossibilita se escamoteiem os passos autênticos que tragam a liberdade e a prosperidade ao nosso país, com todos e para o bem de todos", indicou o MCL.