Os bispos cristãos ortodoxos Bulos Yaziji e Yuhanna Ibrahim foram libertados ontem logo depois de serem sequestrados nesta segunda-feira por um grupo de extremistas muçulmanos armados enquanto voltavam de uma aldeia perto da fronteira turca onde tinham chegado para tentar a liberação de outros dois sacerdotes raptados faz quatro meses.

Em declarações à agência Reuters, o bispo ortodoxo Tony Yazigi confirmou a liberação e informou que "os dois estão a caminho do patriarcado em Aleppo".

Em uma mensagem difundida na manhã de ontem, o Papa Francisco expressou sua preocupação pela agressão cometida contra os religiosos ortodoxos, assim como pela incessante violência na Síria, particularmente contra os cristãos no país.

"O Santo Padre Francisco, informado deste novo acontecimento, que se soma ao crescimento da violência nos últimos dias e que manifesta estar ante uma emergência humanitária de grandes proporções, pede oração profunda e intensa pela saúde e a liberação dos bispos sequestrados", assinalou na manhã de ontem o Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa alentou também o "compromisso de todos" para que "o povo sírio finalmente possa encontrar uma resposta eficaz à crise humanitária e ter esperanças reais de alcançar um horizonte de paz e reconciliação".

Os cristãos representam menos de 10 por cento da população da Síria e durante anos sofreram a perseguição por parte de extremistas muçulmanos, que se intensificou durante o atual conflito que se vive no país e que ameaça deixar este histórico lugar para o Cristianismo sem cristãos.