Em suas palavras prévias à oraçãp do Regina Coeli na Praça de São Pedro, o Papa Francisco exortou os fiéis a anunciarem “com sinceridade e coragem a Ressurreição do Senhor”.

O Santo Padre recordou que, tal como se narra no fragmento dos Atos dos Apóstolos que se lê hoje, “a primeira pregação dos Apóstolos em Jerusalém encheu a cidade da notícia que Jesus tinha verdadeiramente ressuscitado, segundo as Escrituras, e era o Messias anunciado pelos Profetas”.

“Os supremos sacerdotes e os chefes da cidade procuraram frear o nascimento da comunidade dos crentes em Cristo e encarceraram os Apóstolos, lhes ordenando de não ensinar mais em seu nome”.

Entretanto, recordou, “Pedro e os outros onze responderam: ‘há que obedecer a Deus antes que os homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus… o exaltou com seu poder fazendo-o Senhor e Salvador… Nós somos testemunhas destas coisas, nós e o Espírito Santo que Deus enviou aos que obedecem’”.

“Então mandaram açoitar os Apóstolos e lhes ordenaram novamente de não falar mais em nome de Jesus. E eles se foram ‘ditosos de terem sido considerados dignos de padecer pelo nome de Jesus’”.

O Papa perguntou “onde encontravam os primeiros discípulos a força para dar este testemunho? Não só: de onde lhes vinha a alegria e a coragem do anúncio, apesar dos obstáculos e as violências?”.

O Santo Padre recordou que os Apóstolos “eram pessoas simples, não eram escribas, doutores da lei, nem pertenciam à classe sacerdotal. Como puderam, com seus limites e obstaculizados pelas autoridades, encher Jerusalém com seus ensinos?”.

“É claro que somente a presença do Senhor Ressuscitado e a ação do Espírito Santo com eles podem explicar este fato”.

A fé dos Apóstolos, assinalou, “apoiava-se em uma experiência tão forte e pessoal de Jesus morto e ressuscitado, que não tinham medo de nada e de ninguém, é mais, viam as perseguições como um motivo de honra, que lhes permitia seguir os rastros do Jesus e de parecer-se com Ele, testemunhando-o com a vida”.

O Papa sublinhou que “esta história da primeira comunidade cristã nos diz uma coisa muito importante, que é válida para a Igreja de todos os tempos, também para nós: quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus Cristo e acredita nele, experimenta sua presença na vida e a força da Ressurreição, e não pode não comunicar esta experiência”.

Se esta pessoa “encontrar incompreensões ou adversidades, comporta-se como Jesus em sua Paixão: responde com o amor e a força da vida”.

O Papa pediu aos fiéis que “peçamos a ajuda de Maria Santíssima para que a Igreja em todo mundo anuncie com sinceridade e coragem a Ressurreição do Senhor e dê testemunho válido com sinais de amor fraterno”.

“Rezemos em modo particular pelos cristãos que sofrem perseguição sintam a presença viva e confortante do Senhor Ressuscitado”, concluiu.