Diversos compostos químicos substituíram à palha que se usava antes no Vaticano para anunciar o resultado das eleições no Conclave para escolher o novo Papa.

Em conferência de imprensa realizada hoje, o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, explicou que desde o Conclave de 2005 já são utilizados diversos compostos químicos com este fim.

Devido a uma série de "falsos alarmes" no passado, explicou o porta-voz, o Vaticano decidiu usar "a química moderna" para produzir a fumata preta e branca de modo mais claro.

Agora a fumata preta é produzida por uma mescla de perclorato de potássio, antraceno e sulfeto e a fumata branca com o mesmo perclorato de potássio, lactose e uma resina natural.

Um forno dentro da Capela Sistina é usado para queimar as cédulas logo depois de uma sessão de votação, enquanto que outro forno se usa para gerar a fumata distintiva branca ou preta.

Dependendo do resultado dos votos, um painel de controle eletrônico é usado para solicitar os compostos químicos que já foram mesclados por técnicos no Vaticano e logo gerar a cor da fumata.

Embora sejam utilizadas dois fornos, a fumata sai por uma só chaminé que é ajudada também, se necessário, por um ventilador para que se possa ver a fumata.

A fumata preta indica que os cardeais ainda não elegeram o novo Papa e a fumata branca indica que a Igreja já tem o novo Papa.

O Padre Lombardi disse também que "nos preocupa saber se esta produção de fumaça escureceu os afrescos de Michelangelo (da Capela Sistina) ou se geraram problemas à saúde dos cardeais: isso não aconteceu e tudo sucedeu normalmente".

"Os cardeais estiveram bem ontem e nesta manhã, me disseram que estiveram de bom humor e com boa saúde no Palácio Apostólico".