O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, considerou importante que os meios de comunicação maciça façam uso da liberdade de expressão para favorecer as relações pacíficas, e não se limitem “a denunciar unicamente aquelas questões que despertam o ódio ou a injustiça”.

Em sua habitual carta semanal intitulada “O faz novas todas as coisas”, difundida pela agência Avan, o Prelado reconheceu como “positivo que se destaquem as contradições da sociedade e dos poderes públicos”. Entretanto, alertou que “em muitas ocasiões parece ser que se circula com mais freqüência no negativo, no mórbido ou no escandaloso”.

“A denúncia do mal deve servir para corrigir as injustiças e para que estas não se repitam, porque se depois “não somos capazes de articular uma resposta positiva para resolver o problema”, a liberdade de expressão pode ficar no etéreo”, explicou.

Dom García-Gasco alertou que “os profissionais da comunicação e os criadores de espetáculos coincidem em uma incessante busca da novidade, como se tratasse de uma lei inexorável do espírito humano que faz que esteja se concentre para um futuro melhor e surpreendente”.

“Não obstante, os meios de comunicação “se enchem de más notícias” e, nesta situação, o comunicador é consciente de que “está cumprindo com seu dever, mas com um encargo que está muito afastado de sua esperança”, acrescentou.

 O Arcebispo de Valência lamentou esta paradoxo que dá lugar a que “o ser humano de nossos dias viva com freqüência dividido”. Por tudo isso, o Prelado convidou a “celebrar o gesto supremo do amor de Cristo pela humanidade que instaura a definitiva vitória do bem sobre as manifestações do mal, do egoísmo e do ódio”.