Neste 20 de fevereiro, festa litúrgica dos beatos Francisco e Jacinta Marto, dois dos três pastorinhos videntes de Nossa Senhora, em 1917 o Padre Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, em palavras proferidas na homilia da Eucaristia celebrada esta manhã na Basílica da Santíssima Trindade, falou do “grande engano” que é pensar que os dois pequenos videntes foram beatificados por terem visto Nossa Senhora. A Igreja os elevou aos altares porque, depois das aparições, transformaram as suas vidas, orientando-a totalmente para Deus.
 
Em tempo de Quaresma, o reitor destacou o testemunho dos Beatos, que, disse, deve “desafiar vivamente” os cristãos a viverem este tempo de conversão que antecede a Páscoa.
 
“Nos Pastorinhos encontramos um modelo para a nossa vivência quaresmal. Peçamos a sua intercessão para que a nossa vivência da Quaresma, como tempo de mais intensa oração, escuta mais frequente da Palavra de Deus, Penitência e amor ao próximo, seja frutuosa e nos leve a celebrar e viver festivamente a Páscoa que se aproxima, para que, um dia, possamos viver com os Beatos Francisco e Jacinta a Páscoa eterna junto de Deus”, afirmou.

“Não foram beatificados por terem visto Nossa Senhora: a Igreja proclamou-os beatos porque, depois das aparições, transformaram as suas vidas, orientando-a totalmente para Deus. Não fizeram atos extraordinários: viveram radicalmente centrados em Deus na sua condição de crianças”, enfatizou o padre Carlos Cabecinhas.
 
A eucaristia terminou com a bênção das crianças presentes na celebração.
 
O programa oficial que o Santuário de Fátima propôs para a celebração desta festa iniciou na noite de ontem na Capelinha das Aparições, com a recitação do Rosário, seguida, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, de uma Vigília de Oração, informou a Sala de Imprensa do Santuário Católico.
 
Nesta Basílica, no local onde estão tumulados os três videntes de Fátima, a oração foi enriquecida com a evocação e contemplação de momentos e gestos das curtas vidas dos beatos Francisco e Jacinta, através da leitura de passagens das “Memórias da Irmã Lúcia”.