A Nunciatura Apostólica informou através de um comunicado oficial que não entregou carta alguma do Vaticano ao Ministro de Defesa argentino, mas precisou que na entrevista que tiveram nesta semana o Núncio e o titular do setor, deixou-se em claro a postura da Santa Sé diante do pedido das autoridades de remover o Bispo Militar, Dom. Juan Baseotto.

O pedido oficial surgiu depois da polêmica por uma má interpretação do governo e a imprensa de uma citação do evangelho que o Bispo utilizou em uma carta dirigida ao Ministro de Saúde, Gins Gonzáles García, logo depois que este realizou publicamente uma apologia do crime do aborto.

Segundo o comunicado da Nunciatura, na entrevista da segunda-feira passada, o Núncio Apostólico, Dom. Adriano Bernardini, visitou ministro de Defesa, José Pampuro, para tratar "a situação de Dom Antonio Juan Baseotto, Ordinário Militar".

Entretanto, esclareceu que "o Núncio Apostólico ilustrou ao Sr. Ministro a posição da Santa Sé. Contrariamente a quanto foi referido por alguns meios de imprensa, durante o encontro não foi entregue ao Sr. Ministro nenhum documento escrito".

No texto, a Nunciatura fica "disponível para facilitar todo possível trâmite com o fim de superar a dolorosa situação criada a seguir da publicação de uma carta do Ordinário Militar dirigida ao Senhor Ministro de Saúde".

Segundo vários meios de comunicação argentinos, na entrevista o Núncio teria esclarecido ao governo que a saída de Dom. Baseotto não é procedente, porque o Bispo só se limitou a defender a vida.